JOSÉ POLICARPO
TRARÁ A NOVA FERROVIA EMPREGO PARA ÉVORA?
Parece-me
ser pacífico de que a ligação do porto de Sines por caminho-de-ferro é
estruturante para a economia do país e, consequentemente, para a região do
Alentejo. É de facto um dos maiores portos de águas profundas localizado na
europa ocidental e, por isso, beneficiará as importações e as exportações europeias.
Não é, porém,
assente de que este equipamento ferroviário – a linha ferroviária que ligará
Sines-Évora-Caia, venha a beneficiar a cidade e o concelho de Évora. Pois não é
certo que venha a ser construída uma estação com condições logísticas que
assegure o escoamento da produção industrial, agrícola e agroalimentar,
realizada no concelho de Évora.
Por outro lado,
ainda não fora consensualizado o atravessamento da cidade de Évora por esta
infraestrutura. É certo que ainda decorre o prazo para a decisão final a ser
tomada pelo governo de Portugal, mas ainda não sabemos se o traçado será o mais
distante da malha urbana da cidade, caso contrário a comodidade e a segurança
dos eborenses poderão não estar totalmente asseguradas. Estejamos, por isso,
atentos ao desenrolar dos próximos acontecimentos.
Na última
segunda-feira fora realizada uma reunião extraordinária da câmara municipal de
Évora com um único ponto, discussão e aprovação do RELATÓRIO TÉCNICO PREPARADO
PELOS SERVIÇOS DA CME SOBRE O ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL DA PASSAGEM DA LINHA
FERROVIÁRIA DE MERCADORIAS NA CIDADE DE ÉVORA. O presente relatório fora
aprovado com os votos dos vereadores da CDU e do PSD e com a abstenção dos
vereadores do Partido Socialista.
E, muito
sucintamente, este compreende o atravessamento da cidade pelo traçado mais
distante da malha urbana, como, também, por proposta do PSD, que seja ponderada
a criação de uma área logística para servir as indústrias aqui fixadas e que as
mercadorias tóxicas e perigosas não sejam transportadas junto da malha urbana.
Ora, o trabalho
realizado pelos serviços camarários, pelo executivo municipal, como pelo
vereador do PSD, cada um no exercício das suas competências, na qualidade de
cidadão desta grande cidade, terei que reconhecer que todos estiveram à altura
das suas responsabilidades. Quando o interesse público fica acima do interesse
particular, a democracia estará sempre defendida.
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