JOSÉ POLICARPO
QUANDO NÃO SE SEMEIA NÃO SE COLHE!
Não
pretendo fazer o julgamento moral de ninguém, até porque não me sinto acima de
ninguém para o fazer. Porém, a vida política portuguesa nos últimos 10 anos tem
tido demasiados casos que não abonam nem concorrem para a sua credibilidade. A
política numa definição pouco cuidada significa o instrumento que cuida e zela
pela vida das pessoas em comunidade.
O que é de todos,
de uma comunidade politicamente organizada, como é o exemplo de um país, seja
ele qual for, é gerador de muitos problemas e ainda mais de múltiplos
interesses divergentes, diria mesmos contrários. Por isso, o interesse comum, o
que é de todos, muitas das vezes fica secundarizado em benefício dos interesses
particulares ou corporativos. E, quando assim sucede, o campo das injustiças
torna-se invariavelmente fértil e perigoso para os mais desprotegidos.
Ora, se queremos
elevar a política a um verdadeiro meio e instrumento para a defesa do interesse
comum, deveremos, necessariamente, ser cuidadosos e criteriosos nas escolhas
que fazemos de quem nos representa. Penso, aliás, que, se atuarmos num quadro
de boa-fé, ninguém porá esta afirmação em dúvida.
Portanto, só
haverá um caminho para que possamos enquanto país com pretensões de atingir os
lugares de topo do desenvolvimento e de bem-estar. Qual seja, aquele que compreenda,
pelo menos, estes quatro pressupostos: o esforço, o empenho, a honestidade e o
mérito. E, parece-me que estas exigências deverão ser incutidas nas famílias e
com o acompanhamento de igual forma em todo o ensino.
Com efeito, estou
certo que obteremos melhores resultados se escolhermos o caminho do rigor. Não
devemos, por isso, cair no erro comum: para obter coisas diferentes, fazemos as
mesmas coisas. Não quero dizer que todos são iguais, as generalizações são
erradas e pior do que isso, são tremendamente injustas. Contudo, há demasiados
casos, que invariavelmente mancham o resto. Esta realidade é indesmentível. Ou
estarei errado?
Sem comentários:
Enviar um comentário