OS
MASSACRES NA SÍRIA
Na
Síria vive-se um estado de guerra que, com maior ou menor intensidade, tem
arrasado o país, criado um estado de instabilidade na região que se repercute
no mundo, para além de já ter registado mais de meio milhão de mortos, e
resultando num enorme fluxo de refugiados que não dá sinais de parar, os quais
têm sido acolhidos, na sua maioria, pela Jordânia e pela Europa.
O
enclave Ghouta, situado a leste de Damasco, está desde os primeiros dias deste
mês a ser sujeito a sucessivos ataques com consequências absolutamente
dramáticas.
Nada
escapa a estes ataques: civis, crianças, hospitais, escolas, tudo é
simplesmente arrasado.
As
imagens que nos são dadas a conhecer não só mostram a violência dos ataques,
como também o desastre humanitário que está a acontecer.
A
Síria é hoje um país completamente destruído. Será que não há nenhum líder
mundial que consiga pôr termo a uma guerra que não tem fim.
O
que tem sido noticiado não nos pode deixar indiferentes.
A
comunicação social tem esta capacidade, de colocar ou retirar os assuntos da
agenda. E a Síria, pelas piores razões, volta não volta, é notícia.
No
passado fim-de-semana estive em Madrid, moderando um painel sobre Experiências
e boas práticas na integração de imigrantes e refugiados, com representantes de
quatro países europeus (Espanha, Itália, Polónia e Portugal), tendo sido
apresentados projectos de sucesso na integração de imigrantes e refugiados.
Claro
que na Europa de hoje haverá posições diferentes sobre a integração de
refugiados. Contudo, muitos dos países europeus deram uma resposta positiva ao
problema, ainda que com altos custos políticos.
Mas,
enquanto as origens do problema não tiverem resolução, a integração dos
refugiados será um problema mais difícil de resolver, porque a sua dimensão
será cada vez maior.
Será
problema que terá que ter respostas globais e a solidariedade dos povos.
E
não se pense que o problema está longínquo e que não nos afecta. Pelo
contrário, ele está mais perto de nós do que parece e tenderá a afectar todos.
Até
para a semana
Rui
Mendes
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