Pensando
em Teatro...
DONA VIDA… DONA MORTE…
(Diálogo entre vida e morte)
Dona Vida:
Tu que dormes a meu lado
Desde o dia em que nasci...
Diz-me: Qual o dia esperado,
Ou será que já morri?
Desde o dia em que nasci...
Diz-me: Qual o dia esperado,
Ou será que já morri?
Dona Morte:
Vai vivendo e aguarda,
De ti eu não me esqueço;
O tempo não me diz nada,
Sou órfã, não tive berço!
De ti eu não me esqueço;
O tempo não me diz nada,
Sou órfã, não tive berço!
Dona Vida:
Falas e não entendo,
Nunca sei o que pensar....
Será que estou morrendo
Para de novo começar?
Nunca sei o que pensar....
Será que estou morrendo
Para de novo começar?
Dona Morte:
Tudo acaba no princípio
Sem se saber que é assim...
Como os Deuses no Olimpo,
Tu também terás um fim!
Sem se saber que é assim...
Como os Deuses no Olimpo,
Tu também terás um fim!
Dona Vida:
Leva-me, não me esperes…
Pode ser de madrugada,
Ou então se quiseres
Ao raiar da alvorada!
Pode ser de madrugada,
Ou então se quiseres
Ao raiar da alvorada!
Dona Morte:
Não és tu quem decide
O tempo que foi escolhido,
A vida não divide
O que já está dividido!
O tempo que foi escolhido,
A vida não divide
O que já está dividido!
Dona Vida:
És obscura… morte canalha,
Não sei se te quero ver....
Vives no fio da navalha,
Um dia hás-de morrer!
Não sei se te quero ver....
Vives no fio da navalha,
Um dia hás-de morrer!
Dona Morte:
Ora bem, até que enfim,
Podes vir… chegou o momento;
Neste mundo tudo tem fim,
Acabou agora o teu tempo!!
Podes vir… chegou o momento;
Neste mundo tudo tem fim,
Acabou agora o teu tempo!!
Dona Vida:
Adeus morte… fico por cá,
Não tenho pressa de partir...
Sei que para o lado de lá
Todos teremos que ir!!!
Não tenho pressa de partir...
Sei que para o lado de lá
Todos teremos que ir!!!
Dona Morte:
Ao Diabo vida!
Dona Vida:
A Deus morte!
Matias José
Soneto pra meu reconforto...
MEU AMOR!..
Se eu morrer dum estranho mal
Meu amor, rasga minha poesia!…
Joga as palavras em cova fria
Na mesma hora do meu funeral.
Meu amor, rasga minha poesia!…
Joga as palavras em cova fria
Na mesma hora do meu funeral.
Não penses adiar para outro dia
O que podes julgar irracional…
Ver cumprir este desejo formal,
Era tudo quanto eu mais queria.
O que podes julgar irracional…
Ver cumprir este desejo formal,
Era tudo quanto eu mais queria.
Meu amor, de ti espero afinal
Que este meu pedido especial
Seja atendido como pretendia…
Que este meu pedido especial
Seja atendido como pretendia…
Rasga meus versos!, ponto final.
(…)
Mas não esqueças como eu sentia
As palavras doces que te escrevia.
Mas não esqueças como eu sentia
As palavras doces que te escrevia.
Manel d’ Sousa
4 comentários:
Prima pela qualidade este poeta da nossa terra.
Muito obrigado pelo que vai escrevendo.
Cumprimentos.
SOBRE O SONETO "MEU AMOR":
SEM PALAVRAS E ARREPIOS NA ESPINHA...
BOM, MESMO MUITO BOM!
UMA AMIGA QUE APRECIA A SUA ESCRITA
Pensando em teatro e escrevendo muito bem.....
LINDO!!!!!!!!!
Que bom seria se não se ficasse só pelo pensar.
Excelente.
Enviar um comentário