quarta-feira, 5 de julho de 2017

A CRONICA DE OPINIÃO HOJE TRANSMITIDA NA DIANA/FM

José Policarpo
                                             OUTROS CAMINHOS
A feira de São João terminou é portanto a altura de fazermos o respetivo rescaldo e balanço. A edição deste ano em nada diferiu da do ano transato, como a do ano passado não diferiu dos anos anteriores. Lá estiveram as tasquinhas exploradas pelas associações, as rulotes dos cachorros quentes e afins, como, também, os equipamentos de diversão. Houve também o pavilhão das atividades económicas, embora com uma disposição dos stands de duvidosa eficácia, pois as diferentes atividades económicas deviam estar devidamente compartimentadas por setor. E, por último, a realização dos espetáculos musicais, que, pela informação recolhida, não tiveram a adesão da maioria dos visitantes.
Contudo, o presidente da câmara municipal numa das suas intervenções públicas de há um ano afirmou que tinha a intenção de repensar o modelo que tem dado corpo à feira de S. João. Com efeito, pelo que se me afigurou constatar o desenho oferecido pela câmara na edição deste ano, não trouxe novas propostas. Portanto, é legítimo concluir-se que não passou de uma intenção.
Na verdade, o modelo apresentado da Feira de S. João está caduco e ultrapassado, porque não dá o enfoque devido àquilo que deve ser uma feira moderna. Desde logo, o espaço não está requalificado. O rossio de S. Brás necessita de uma intervenção ao nível do pavimento, a terra batida não é solução. Pois o pó que aí se levanta é muito e incomodativo. Por outro lado, a feira de S. João deverá estar direcionada, a par da gastronomia e do divertimento, para a promoção da cidade e do concelho.
Ora, se a intenção for dar uma imagem de modernidade da cidade e do concelho, terá de ser criado um novo desenho de feira no sentido de ser preservado aquilo é de preservar. Um local onde os eborenses se encontram e onde gostam de passear com as respetivas famílias e, concomitantemente, redirecionar a oferta para a promoção da cidade e do concelho. Com isto ganharão tanto as pessoas, como as instituições e empresas.
Ora, para não dizerem que só deixo aqui um labelo de críticas sem apontar um caminho. Por que não estabelecer uma parceria com as associações empresariais locais para que estas apresentem um modelo que se adeque às nossas necessidades e pretensões e que seja auto financiado. O setor público já demonstrou à saciedade não estar à altura dos novos tempos.


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