quinta-feira, 8 de junho de 2017

SOBRE A BANDA DO ALANDROAL

Publicamos recentemente um artigo da autoria do A. Jeremias sobre os primórdios da nossa tão bem-querida Banda. Na altura o nosso leitor/colaborador A. Berbem teceu um comentário pleno de recordações desta mais-valia alandroalense de que tanto nos orgulhamos.

Porque não nos deixou indiferentes e porque nunca é demais realçar este veículo cultural, orgulho de todos nós, aqui vos deixo em primeira página o referido comentário.

Regista-se, mais uma vez, a beleza documental deste conjunto de fotografias sobre a Banda do Alandroal.

 De facto, a Banda, tem um longo passado repleto de grandes momentos musicais e de sucessivas épocas consagradas à presença e à intervenção musical e cultural na vida e Vila do Alandroal. Há mais de um século que assim é!

Se, assim me o permitirem, vou acrescentar que sou bastante sensível a esta recordação da nossa Banda Municipal, na medida em que "o meu pai" aparece em duas fotografias perfeitamente visível e muito risonho. Para ele, a Banda, em todas as suas dimensões, era um dos centros principais da sua própria vida. Ensaiava, saía à rua, marchava, tocava a Requinta, dava concertos, concentrava-se nas procissões, entrava em êxtase com o Hino muito bonito de Nª Senhora da Conceição. A Banda era um seu segundo filho. Como foi o seu segundo pai. Ali cresceu. Ali viveu. Ali morreu.

Falei aqui um bocadinho mais do meu Pai, como poderia estar e continuar a falar de outros músicos da sua geração. Ou das gerações anteriores. Ou ainda, das gerações mais recentes que continuam a manter a chama viva de uma Banda que vem atravessando e faz, afinal, parte de todas as gerações de alandroalenses.

Anote-se, por esta vez, e em justo abono da verdade que os poderes públicos locais sempre apoiaram e vêm acarinhando a permanência da Banda e da Escola de Musica que também a vem acompanhando formando novas e capazes fornadas de músicos.
Postas as coisas assim, talvez ande a faltar uma Monografia mais ampla sobre a Banda que fixe tanto o passado brilhante que já teve quanto o futuro promissor que, por certo, continuará a ter.
A BANDA, a nossa BANDA,caros alandroalenses faz parte de todos nós!
E mais do que isso: todos temos na nossas memória o que, ontem, se tocava por montes e aldeias do Concelho. Como vamos continuar a ter no ouvido, o que hoje, esperamos que vá tocando nas mesmas ruas do Concelho. Em nome do passado, do presente e do futuro.

É com toda a certeza, o melhor presente que a Vila soube dar a si própria ao longo dos tempos. Assim como ainda é, a melhor dádiva com que continuamos a presentear nos actualmente. Em cada ano e por cada geração que vai passando. É, podemos dizê-lo, uma das obras e jóias mais perfeitas que todos, mas mesmo todos,os  alandroalenses soubemos apoiar e criar.
E vamos continuar a recriar!

Saudações
António Neves Berbem

5 comentários:

Helder Salgado disse...

Ou muito me engano, do grupo dos quatro, um é o Pero e o outro o Domingos

Anónimo disse...



OBS.


Helder


É isso mesmo, mas talvez o Francisco m. possa ajudar a identificar quem

era o jovem. Não calhou, e não tive a oportunidade de o dizer mas também é

verdade que "o meu pai" tinha uma estranha forma de marchar...

Diria, meigamente (porque é com uma certa emoção que o faço) que ora se

adiantava ora se atrasava. Coisa pouca, coisa de um ou dois passos. Mas lá

que desmarchava foi sempre uma sua requintada imagem de marca. De resto,

como muita gente também se recorda, a Requinta, às vezes, até gemia.

Coisas daqueles bons tempos da Banda que, se bem me recordo, tinha cá

atrás,na última fila, um naipe de clarinetistas de boa qualidade. Cito: o

Xanfrio, o Quim do David, o meu pai,o Pêro (Francisco m. ajuda com os

nomes que me faltam). E, se falamos da ultima fila, DAS OUTRAS à Frente,

bom, eram de igual quilate ou melhor qualidade musical.


Saudações para todos


Antonio Neves Berbem



francisco tátá disse...

Na verdade não consigo identificar o elemento mais novo. Ainda pensei ser o meu cunhadon Candido, mas não é porque está no lado oposto da foto principal. Talvez o Pirico?... não sei ao certo.
Quanto ao marchar do teu pai é ceto que muitas vezes desalinhava, mas o motivo principal era porque ia sempre cumprimentando os muitos amigos que paravam para ver a Banda passar.
Sabes o nome que era dado à requinta? - "a destalheira", porque o som sobressaía acima dos clarinetes.

Manel Augusto disse...

Pois !!! em termos de BANDA, considero-me mais rico...1º porque tb fiz parte da dita, tinha aí os meus 11 anos, 2º porque, nas fotos mais antigas aparece o meu PAI, meu tio Homero e meu tio João... é só músicos !!!!
Na realidade ainda hoje, quando a Banda passa , sinto uma certa emoção que vem bem cá dentro do fundo....
Um abraço a todos,
M Augusto

Anónimo disse...



OBS.


Vamos deixar assinalado no Al tejo que a Fotografia do canto inferior

esquerdo (aquela onde aparece o Juvenal/Nai, Director da Banda ), foi da

iniciativa e autoria da Maria Luisa Teixeira Pestana.

Melhores cumprimentos

Antonio Neves Berbem