Surgiu recentemente um “site “ na net,
coordenado pelo Sr. Dr. Alfenim Charrua, e que desde já se saúda.
Na sua apresentação diz pretender unir todos os
amigos do Alandroal em volta de idéias que possam contribuir para melhorar o dia-a-dia
da nossa terra Alandroal, e cujo objectivo principal é ajudar desinteressadamente
todos aqueles que possam ter uma voz activa na concretização das propostas
apresentadas.
Sem quaisquer fins políticos, o que se aplaude,
pretende apenas captar sugestões que possam vir a contribuir para um Alandroal
mais próspero.
Na medida em que há muito tempo mantenho também
um espaço que coincide em parte com o proposto pelo Zé Alandroal – (nome do facebook), deixo aqui este
texto que me parece se encaixa perfeitamente no espirito do “Zé Alandroal” – e que elaborei para o Al Tejo versando as potencialidades da visão
cultural no Alandroal.
NO ALANDROAL
PRESERVA-SE A CULTURA (Mas não a divulgamos)
Se
consultarmos no velho Dicionário da Porto Editora a palavra Cultura encontramos entre outros
sinónimos “Desenvolvimento dos conhecimentos e das capacidades intelectuais”. Também
a Wikipedia, Google ou Priberam da
Língua Portuguesa definem cultura com termos como: Arte, Instrução, Saber,
Estudo, Manifestação Artística.
Debrucemo-nos por ora na definição prestada por
um dos mais antigos dicionários da Língua Portuguesa. Só com o desenvolvimento
do conhecimento das capacidades intelectuais será possível desenvolver a Arte
nas suas mais diferentes formas, adquirindo com o estudo, o saber e a instrução
suficientes, maneiras que permitam chegar ás artes nas suas mais diversas
formas.
Tal é preservado no Alandroal? Tem o Alandroal
criado as estruturas necessárias para a formação de artistas?
Em meu entender e face aos abundantes exemplos
que passo a citar considero muito meritório o apoio dispensado desde há vários
anos pelos responsáveis, que permitem a todos aqueles que no espectro cultural
pretendem alargar os seus horizontes adquirirem os conhecimentos mínimos para
na qualidade de Amadores irem culturalmente preenchendo o espaço a tal
destinado.
Não é de maneira alguma barómetro da avaliação
cultural de uma localidade a contratação do Artista “A” ou “B” – seja ele de
que género for, que torna uma localidade mais ou menos culta. Tal como diz o
velho ditado chinês «se vires um homem faminto não lhe dês o peixe – ensina-o a
pescar» - também neste caso é preferível criar as infraestruturas necessárias
para formar alguém que, ainda que modestamente, possa ir preenchendo tal espaço
a que todos têm direito.
Não pretendo de maneira alguma dizer que
profissionais não sejam bem-vindos. Antes pelo contrário.
O principal alerta deste modesto escrito é pôr
em destaque os bons executantes que por aqui abundam nas mais diversas
manifestações culturais, as escassas
oportunidade que lhe são dadas de se darem a conhecer fora de portas e
acima de tudo as bases de formação disponíveis e ao alcance de todos.
Ao fim e ao cabo (e pedindo desculpa se esqueço
alguns) o Alandroal tem:
2 Grupos de Teatro – Um Grupo de Musica
Tradicional (Cantadores dos Reis) –
Uma Tuna
– Uma Orquestra de Baile – Vários Artesãos - Um Grupo de Musica
Popular (Trigueirões no Rilheiro) - Vários
Fadistas - Uma Cantora Lírica (Lídia Serra) – Um Executante de Musica Clássica
e Professor de Musica (José Leitão) – Um Profissional da Musica quer como
executante, produtor e agente – e acima de tudo e
como semente que possibilita
tanta diversidade uma Banda de Musica, com
diversos escalões e polos espalhados por todo o Concelho que forma e incentiva
desde pequenos, a formação de todos aqueles que sentem algo pela arte e
cultura. Ainda uma palavra de destaque para a Universidade Sénior, onde são ministradas várias valências que em
muito contribuem para o enriquecimento cultural.
Posto isto justifico a minha ousadia em pretender
apresentar a sugestão que se segue no “site”
Zé Alandroal, pelo seguinte
motivo e apenas como mera sugestão.
Se temos alandroalenses que se dedicam às Artes
como atrás ficou demonstrado, porque não dar-lhes a devida projecção?
Porque não dar a conhecer os seus dotes
artísticos em princípio a todas as Freguesias promovendo espectáculos nessas
mesmas localidades, patrocinados pela Autarquia?
Em tempos existiu um programa comum a todas as
Autarquias no qual além de Artistas consagrados e sobejamente reconhecidos
(aliás muito mal aproveitado no Alandroal), e só possível porque os contractos
eram feitos por compromisso de várias actuações em localidades diferentes, se
intercambiavam talentos locais que viam assim as portas abertas em terras
diferentes. Alguns conheço que a partir daí e com a experiência adquirida
enveredaram pelo profissionalismo. Não seria possível com o empenho de quem
responsável prosseguir esse intercâmbio provendo a troca de espectáculos entre
várias localidades?
Por fim e a nível internacional, algo já foi
projectado para um saudável intercâmbio entre as localidades germinadas com o
Alandroal:
Santa Cruz, Ilha de Santiago – Cabo Verde
Regla, Habana – Cuba
Jerumenha, Piaui – Brasil
Curitiba, Paraná – Brasil.
Não me parece que seja algo muito difícil de concretizar
tão pouco muito dispendioso dado tratar-se de amadores que normalmente apenas
têm como único objectivo divulgar os seus dotes.
Foi apenas um alerta mas acima de tudo uma
palavra de reconhecimento não só para todos aqueles que despendem do seu
precioso tempo a pugnar pelas artes, assim como a todas as Organizações que se
mantém ao longo de tantos anos a lutar pela Cultura.
Chico Manuel
7 comentários:
Não tenho muito a ver com a ária da cultura nem entendo muito desses meandros, mas então o Sr. José Carvalho, não faz parte desses projectos?
Sendo sem dúvida o músico ou Artista da terra com mais tarimba e talvez o único no Concelho com carreira profissional, quer como músico, como cantor e como produtor, estranho que mais uma vez esteja a ser posto de parte.
Deviam ter o dito como exemplo de como se une as pessoas, basta ver o que aconteceu no espectáculo das comemorações e Abril, em que o dito convidou cantadores dos Reis e o jovem pianista José Leitão.
Por aqui me fico.
Carlos Alberto
ESCOLA. Zé Carvalho no Alandroal é carta fora do baralho, não conta, tem que mudar de terra, imigrar. É tão evidente e abusivo da parte de alguns, que as pessoas reparam e ficam incomodadas, como diz o ditado, quem não se sente não é filho de boa gente.Pessoalmente já começa a criar urticária, é o Zé um filho da terra ao contrário de alguns paraquedistas que por aí opinam como se fossem donos disto tudo e não conhecem o passado nem a história da nossa terra. Conheci o velho Perecópio , o Demétrio, os Fátimas, o meu grande amigo Toico, gente boa que faz parte da história do Alandroal e que o Zé dá continuidade com o seu sangue nas veias.
Tudo o que se pede é um pouco de respeito se fazem o favor, porque vivemos em liberdade e todos nós temos o direito de ser do partido que queremos, de mudar de partido quando entendermos, como pelos vistos é normal e moda aí na terra, afinal anda quase toda a gente a mudar de políticas assim como quem muda de camisa. Todos temos o direito de apoiar quem queremos e quando quisermos, o Zé Carvalho, NÃO. Basta de inquisições e de as alimentar e principalmente de dar crédito a quem fomenta vinganças pessoais e discriminações só porque não se gosta de A ou B.
Também eu fico por aqui, está na hora do trabalho,mas não termino sem antes dizer que não percebo porque é que o nome do Zé Carvalho não consta no texto sobre este possível movimento das artes do Alandroal.Sendo o Zé talvez o único profissional de cultura que existe no Concelho como diz e bem o comentador acima, não percebo porque é que a sua fotografia não aparece também de igual modo que as de outras gentes da terra.
Faz lembrar o tal espetáculo organizado pelo Município do Alandroal no mandato do Presidente João Grilo, " ALANDROAL A CANTAR " em que o único cantor profissional da terra não foi convidado.
Vamos pelo mesmo caminho, mas tudo isto é apenas distração, pode ser lá outra coisa.
EMIGRANTE ATENTO
Por fim e a nível internacional, algo já foi projectado para um saudável intercâmbio entre as localidades germinadas com o Alandroal:
Santa Cruz, Ilha de Santiago – Cabo Verde
Regla, Habana – Cuba
Jerumenha, Piaui – Brasil
Curitiba, Paraná – Brasil.
Não me parece que seja algo muito difícil de concretizar tão pouco muito dispendioso dado tratar-se de amadores que normalmente apenas têm como único objectivo divulgar os seus dotes.
Concordo em pleno caro Francisco, mas para isso acontecer entre muitas outras coisas é preciso ter na cultura quem a saiba trabalhar e saiba o que está a fazer, isto de se construir casas sem ser pedreiro não dá bom resultado, falo por experiência própria que tentei construir uma garagem e ainda não ia a meio, caiu. Gastei tempo e dinheiro e não construi coisa nenhuma.
Tudo isto desnecessário se o Xico tivesse posto o nome do rapaz, eu acho que quando o Xico fala em profissional da música se quer referir ao Zé Carvalho, mas na verdade não colocou o nome como colocou noutras gentes da terra, e acho que a confusão é essa pois nem todos entenderam.
Veja isso amigo Xico, e se estiver errado, desculpe estar a meter foice em seara alheia.
Não está nada errado e pode meter a foice porque a seara não é alheia mas de todos nós.
Claro que o profissional a que me refiro no texto é o Zé. Seria necessário colocar o nome? Não sabe toda a gente de quem se trata? E para quê colocar uma foto se ainda está visivel a foto dele no artigo sobre musica?
O fundamental daquilo que eu pretendi escrever é apenas louvar todos aqueles que a troco de nada vão enriquecendo culturalmente a nossa terra.
Para todos eles renovo o meu aplauso
Chico Manuel
"Faz lembrar o tal espetáculo organizado pelo Município do Alandroal no mandato do Presidente João Grilo, " ALANDROAL A CANTAR " em que o único cantor profissional da terra não foi convidado.
Vamos pelo mesmo caminho, mas tudo isto é apenas distração, pode ser lá outra coisa."
Carlos Avelino
Deixem o Xico e o Zé em paz que eles são amigos e pelo que sei são das pessoas que à sua maneira amam o Alandroal, muita gosta certa gente de meter veneno e arranjar casos onde eles não existem.
O que certo Autarca fez é passado, e o principal lesado pelas suas atitudes é o dito, lá diz o ditado que quem semeia ventos colhe tempestades, a ver vamos o que o futuro nos reserva, venha quem vier que seja pela causa Alandroal e que tenha aprendido com os erros a ser melhor para o Concelho e todos os Munícipes.
Paula Pestana
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