sexta-feira, 19 de maio de 2017

A CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA DIANA/FM

                                                     COLIGAÇÕES
Aproximando-se as eleições autárquicas fará sentido, nesta fase, falar sobre coligações.
Coligação será um acto de agregação de vontades, uma forma de aumentar votação e assim elevar as possibilidades de eleger candidatos.
Mas será condição prévia à constituição de uma coligação que o projecto seja partilhado e defendido de forma comum, e que os eleitorados dos partidos que se constituem em coligação partilhem valores e espaços políticos próximos.
Mas nem sempre as coligações resultam no aumento de votos, desde logo quando elas não são valorizadas pelos eleitores, ou quando integram pessoas ou se fazem referências que não são bem “recebidas” por uma das partes, resultando na fuga de eleitorado, pelo que não conseguem somar.
Também porque as coligações devem acontecer por razões de estratégias político-partidárias, e devem ser perfeitamente percebidas pelos diferentes eleitorados.
Contudo, quem acompanha os actos eleitorais terá, desde logo, a percepção, de quando uma coligação faz sentido, ou de quando ela acontece sem razão que a sustente.
A coligação Évora Primeiro foi, em 2013, um passo importante na aproximação do centro direita num projecto autárquico, e ainda que não tenha sequência em 2017, não deixa de ter sido sustentada num projecto, num espaço político, e em eleitorados que com diferenças, partilham valores comuns e que julgo entenderem-se em matérias essenciais.
Idênticos projectos aconteceram em tantos outros concelhos com resultados positivos.
Pelo que será pouco percebível quando se constituem coligações com partidos que não são representativos, não têm qualquer intervenção, e não se lhes conhece qualquer projecto.
As coligações têm que fazer sentido, só dessa forma somam, doutra forma, a existirem, é algo que só poderá resultar em chacota.
Não obstante, interessará conhecer os projectos, os compromissos que cada candidatura irá assumir perante os cidadãos, e as estratégias que deverão ser desenhadas para a cidade, e que candidatura fique absolutamente vinculada e obrigada a cumprir o que defende em campanha, algo que como sabemos nem sempre tem acontecido.
O voto é para além de um dever de cidadania, um importante instrumento de exercício da democracia, e é com ele que os eleitores mostram as suas preferências, e é também com ele que fazem registar as suas discordâncias.
Até para a semana

Rui Mendes

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