HAJA VONTADE
O
estudo da consultora “Bloom Consulting” plasmado na edição de 2017 estabelece
um “ranking” dos concelhos portugueses, com base em três critérios: Negócios,
Visitar e Viver. O concelho de Évora queda-se pelo honroso 20.º lugar, sendo o
mais bem classificado da região do Alentejo. Ficando à frente de Portalegre e
de Beja.
Porém, o concelho de Évora
obtivera esta classificação em virtude de ter tido um bom despenho no vetor
Visitar, tendo ficado em 10.º lugar. Por isso, facilmente se concluirá que o
turismo teve uma grande influência no resultado final. Porque em relação aos
pressupostos Viver e Negócios, obteve a 23.º e a 29.ºposições, respetivamente.
Ora, sem prejuízo da boa
classificação que obteve no Visitar/turismo, o concelho de Évora ainda está
muito longe de ser atrativo para os negócios. Com efeito, esta avaliação não
poderá deixar de ser feita, senão teremos consequentemente um concelho
demasiado dependente das variações da procura turística. E, aqui o ensinamento
popular é determinante: Devemos colocar os ovos em diferentes cestos.
Na verdade, o concelho de Évora,
sobretudo, a cidade, obteve um exponencial acréscimo da procura turística
motivado pela classificação atribuída em 1986 pela UNESCO – a distinção como
Património da Humanidade. E, em abono da verdade, também não foi despiciendo o
aumento da oferta hoteleira, tanto a nível quantitativo, como a nível
qualitativo. Porém, o futuro dos concelhos reside na diversidade competitiva,
e, neste particular, o concelho de Évora ainda está a uma distância
considerável de o conseguir.
Isto dito, resta ao próximo
município e seu executivo, porque o atual, muito pouco concretizou, de tornar o
concelho de Évora mais atrativo para os investidores e empresários. E, para
isso, tem de haver vontade e rasgo político e direcioná-los para a captação do
investimento, seja ele nacional, ou, estrangeiro.
JOSÉ POLICARPO
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