JUVENTUDE
A Câmara Municipal de Évora dinamizou, na semana passada, uma
sessão com vista à elaboração de um Plano Municipal da Juventude. Passados 3
anos e meio parece que acordaram para uma promessa eleitoral. Pouco se sabe
sobre o que saiu da sessão e qual o plano futuro, mas o facto deste Concelho
precisar de uma aposta séria nas políticas para a juventude não merece qualquer
dúvida.
Os jovens portugueses atravessam, há muitos anos, um momento
crítico. Às dificuldades financeiras em casa, acresceu uma crise económica que
promoveu desemprego e emigração. Uma região como a nossa, em contração
demográfica, não pode dar-se ao luxo de não aproveitar os seus jovens e, como
tal, tem de criar condições para que estes encontrem um futuro digno na região.
Espero que a sessão da passada semana tenha sido apenas o arranque
de um debate amplo e plural e que adivinhe algo bem mais produtivo do que o
trabalho realizado ao nível do Conselho Municipal da Juventude de Évora. Não me
atreverei, por agora, a lançar propostas, porque sei onde estão as soluções:
nas dezenas de associações juvenis do nosso Concelho que há anos desenvolvem um
trabalho meritório e que tenho a certeza que têm em sua posse os diagnósticos e
propostas necessárias. Saibamos ouvi-los, ouvi-los efectivamente, para além de
sessões para a fotografia.
Muitas são as expectativas e propostas, algumas delas, aliás, já
explanadas em reuniões do Conselho Municipal da Juventude. Mas… Que espaço há
para ouvir? Que espaço há para apresentar proposta? Qual o papel dos jovens nas
dinâmicas do Concelho? Acima de tudo: Qual a verdadeira estratégia para o nosso
Concelho? A resposta está para além de sessões de propaganda e de políticas
centradas nos próprios umbigos.
Até para a semana!
Bruno Martins
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