sexta-feira, 21 de abril de 2017

A CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA RÁDIO DIANA/FM

                                                 O VALOR DOS DIREITOS
Quem vive em sociedade está obrigado a cumprir um conjunto de normas e condutas, as quais regulam as relações entre os cidadãos e que, entre outras, estabelecem condições de segurança.
Segurança em sentido lato, ou seja, segurança alimentar, segurança da saúde, segurança ambiental ou outra qualquer.
O Estado tem a obrigação de ser o regulador, porque lhe cabe, por natureza de funções, garantir a segurança dos cidadãos.
E essa protecção, que naturalmente cabe as Estado, é um direito que cada um de nós tem, e que o Estado terá que assegurar, sob pena deste não cumprir uma das suas obrigações.
Vem isto a propósito da epidemia de sarampo que veio alastrar no país e que, pese embora as palavras ponderadas e tranquilizadoras que nos foram transmitidas, não deixa de causar alguma preocupação.
Natural preocupação, porquanto trata-se de algo que possui elevado risco para a sociedade.
Naturalmente que a questão da vacinação será um factor determinante para a dimensão deste problema.
Dos 21 casos confirmados, 12 dos indivíduos não estavam vacinados, daí se perceber, desde logo, que a vacina terá um papel determinante em não deixar propagar a doença.
Podemos com fundamento dizer que a vacina não só defende o individuo, como também é um elemento de particular importância na defesa do grupo, ou seja, é um elemento que contribui fundamentalmente para a segurança da saúde dos cidadãos.
Cada um de nós terá direito de opinião, de atitudes e de posições, desde que não violem normas estabelecidas, e desde que respeitem os direitos dos outros.
Pelo que, a não vacinação, por tudo o referido, não se encontra apenas no direito de opção do individuo, ela pode afectar a comunidade, pelo que será violadora de um direito à segurança da saúde que todos nós temos.
É um debate que deve acontecer, e acontecer nos momentos em que os problemas estão vivos, porque o nosso enfoque é necessariamente maior, e é nestas alturas que terão que aparecer propostas e soluções. Não os resolver agora é deixar para mais tarde um problema, e talvez até que aconteça algo semelhante.
Vacinar é uma questão premente, e deve ser uma obrigação social, porque é uma atitude preventiva de saúde pública, e o Estado terá que saber criar a forma de garantir aos cidadãos que consegue assegurar essa sua função.
Até para a semana

Rui Mendes

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