SERÁ QUE TUDO VAI BEM?
A agência financeira Standart & Poor´s manteve o rating
português em BB+, ou “lixo”, e com perspectiva estável, ou seja, é o mesmo que
dizer que esta notação será para manter, sustentando essa sua notação com os
riscos da banca e com o elevado endividamento do país.
As demais agências de rating, Moody´s e Fitch, quando o fizeram
também não alteraram as suas notações.
Até aquela que tem mantido o rating português mais elevado, a
canadiana DBRS, também não alterou o rating do país.
Ora, se todas as agências mantêm o nosso rating com avaliação tão
baixa, teremos que aceitar que o país continua com um conjunto de problemas
estruturais por resolver, porque naturalmente se os actuais indicadores fossem
assim tão positivos, Portugal teria melhores apreciações pelas agências de
rating.
Mas as apreensões não se limitam às agências de rating, a
presidente do Conselho de Finanças Públicas, e mais recentemente o ministro das
finanças alemão, só para citar alguns nomes, também vieram levantar algumas
suspeitas sobre o estado financeiro do país.
E não será por criticar estas posições que se resolverão os
problemas, ou que veremos melhorar o estado económico-financeiro do país.
A melhor maneira de não estarmos sujeitos a este tipo de
desconfianças é resolver os problemas. E resolver é fazer com que eles deixem
de existir, porque enquanto subsistirem, quer queiramos quer não, estaremos
sempre sujeitos a apreciações menos positivas.
E neste espaço de avaliações das agências estará alguma da
percepção real do estado em que Portugal se encontra financeiramente, e de qual
o verdadeiro estado da economia portuguesa.
Portugal é uma economia de mercado e aplicam-se-lhe as regras que
se aplicam aos países que integram estas economias.
Portugal integra a zona euro e o facto de estar na moeda única não
é um custo para o país. O euro, enquanto moeda forte, também protege a economia
portuguesa, garante poder de compra e protege o valor dos bens materiais.
O problema não está no facto de integrarmos a zona euro, o
problema está mesmo na nossa economia e na necessidade de lhe dar maior
competitividade e mais resistência.
O certo é que internamente, julgo só o ouvir internamente, vamos
ouvindo o discurso do tudo vai bem.
Mas será que tudo vai bem?
Até para a semana
Rui
Mendes
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