TERENA TERRA ONDE NASCI.
Que linda terra tu és
Velhinha perto do céu
A Lucefécit a teus pés
É azul o teu chapéu
Velhinha perto do céu
A Lucefécit a teus pés
É azul o teu chapéu
Casas cheias de brancura
Cada pedrinha conta uma história
Um castelo onde a luta e bravura
Tem um marco aceso na memória
Cada pedrinha conta uma história
Um castelo onde a luta e bravura
Tem um marco aceso na memória
Teus recantos floridos
Ruelas, igrejas e fontes
Tens por todo o lado montes
Belos campos coloridos
Gado pastando no verde prado
Ouvem-se murmúrios e bramidos
Ouve-se o sino lá no adro
Ruelas, igrejas e fontes
Tens por todo o lado montes
Belos campos coloridos
Gado pastando no verde prado
Ouvem-se murmúrios e bramidos
Ouve-se o sino lá no adro
Sabores e aromas perfumados
Rosmaninho, esteva, alecrim,
Hortelã, poejo entrelaçados
No campo, quintais e jardim
Gente que trabalha pela calma
Que conversam pelos cantos
Que se sentam à soalheira
Para observarem teus encantos
Rosmaninho, esteva, alecrim,
Hortelã, poejo entrelaçados
No campo, quintais e jardim
Gente que trabalha pela calma
Que conversam pelos cantos
Que se sentam à soalheira
Para observarem teus encantos
Passos, parecendo castanholas
Musicando no sossego
Portados e lindas janelas
Entre elas muito apego
Recônditos, “estórias” de amor
No teu livro escreves segredos
Paixões, medos, desamor
Páginas secretas, enredos
Musicando no sossego
Portados e lindas janelas
Entre elas muito apego
Recônditos, “estórias” de amor
No teu livro escreves segredos
Paixões, medos, desamor
Páginas secretas, enredos
Brincando a criançada
Livremente no teu chão
Dão-te sorrisos, gargalhadas
Dão larga à sua emoção
Livremente no teu chão
Dão-te sorrisos, gargalhadas
Dão larga à sua emoção
És um lugar de poetas
Apetecível por escritores
Tens tuas portas abertas
Para inspirares os pintores
Apetecível por escritores
Tens tuas portas abertas
Para inspirares os pintores
Tens o santuário da Boa Nova
Muito raro e muito antigo
Que fica ao longe numa cova
Num silêncio apetecido
Muito raro e muito antigo
Que fica ao longe numa cova
Num silêncio apetecido
Cantigas de Santa Maria
Foram dedicadas a ti
És palco de romaria
Ninguém se esquece de ti
Foram dedicadas a ti
És palco de romaria
Ninguém se esquece de ti
Ruínas de culto Endovélico
Anterior à época romana
Deus luz, Deus maquiavélico
Uma divindade profana
Anterior à época romana
Deus luz, Deus maquiavélico
Uma divindade profana
Maria Antonieta Matos 03-03-2013
TERENA
Corri por ti, caminhos não desbravados
Brinquei, cantei, chorei e sorri alegremente
Vibrei bailando, aqui ficámos enamorados
Não esquecerei pedaços de nós na minha mente
Brinquei, cantei, chorei e sorri alegremente
Vibrei bailando, aqui ficámos enamorados
Não esquecerei pedaços de nós na minha mente
Em cada passo cambaleando fui
descobrindo
Cada passagem, cada nome emaranhado
Uma gracinha para a família, enternecida
Quando balbuciava cada palavra, distorcida
Cada passagem, cada nome emaranhado
Uma gracinha para a família, enternecida
Quando balbuciava cada palavra, distorcida
À luz da candeia contando
histórias, me encantei
No silêncio cantavam grilos na noite de breu
Palmilhei lugares sonhando a realidade que criei
No silêncio cantavam grilos na noite de breu
Palmilhei lugares sonhando a realidade que criei
Ou amedrontada no leito rebolava
ansiosa
Temendo do sonho que o momento teceu
Sonolenta, soluçando, acordava duvidosa.
Temendo do sonho que o momento teceu
Sonolenta, soluçando, acordava duvidosa.
22-06-2013 Maria Antonieta Matos
2 comentários:
Poeta não é sómente o que escreve.
É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima à autenticidade de um verso."
(Cora Coralina)
A Poetisa tem o dom de sentir e conseguir transmitir todas as suas emoções!
D. Maria Antonieta, não desista de nos brindar com a sua Poesia.
Obrigada pelo comentário de incentivo e força. De facto nunca devemos desistir da capacidade que nos move, com paciência e luta interior ultrapassamos dificuldades. Podemos não chegar a lado nenhum, nesta vida, mas nunca é em vão a nossa persistência. Haverá sempre a lembrança, uma história do contributo da nossa passagem.
Maria Antonieta Matos
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