Começo hoje por citar apenas alguns dos títulos dos jornais dos
últimos dias:
“Portugal teve a segunda maior dívida pública na UE” – Jornal de
Negócios (24/1/2017);
“Dívida pública cresceu 9,5 mil milhões de euros em 2016” – Jornal
Público (1/2/2017);
“Dívida pública aumentou 9,5 mil milhões em 2016” – Jornal Diário
de Noticias (1/2/2017).
E mais títulos poderíamos aqui referir sobre o aumento da dívida
pública, todos eles com o mesmo sentido, porque é matéria que está na primeira
linha das preocupações dos portugueses.
O Banco de Portugal apresentou na quarta-feira passada os valores
da divida pública reportados a Dezembro de 2016.
A saber :
1. Montante da divida pública (bruta): 241,1 mil milhões de euros;
2. Subida do montante da divida face a 2015: 9522 milhões de
euros;
3. % da subida da divida: 4,1%;
4. O cálculo em % do PIB ainda está em avaliação.
Não obstante as projecções do governo ficaram longe de ser
realizadas.
O país terá
que saber travar na questão do endividamento. Se o problema já assumia
proporções preocupantes, pelo rumo que leva, resultará em algo absolutamente
dramático.
O caminho a seguir é exactamente o contrário. É o de redução da
divida. Com uma gestão equilibrada, mas que não comprometamos ainda mais as
próximas gerações, para as quais já deixamos um fardo bem pesado de carregar.
Não esquecer que, naturalmente, existe uma relação directa entre o
montante em divida e os encargos que ela obriga o país a suportar. Ou seja,
aumentando a divida, também o montante dos juros aumentará e, a taxa de juro
aplicada aos novos empréstimos também tenderá a ser cada vez superior. É um
efeito de bola de neve.
Decididamente não estamos no país em que tudo vai bem.
Até para a semana
Rui Mendes
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