sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

SERÁ QUE VAMOS SER ESCLARECIDOS?

Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República,
Em 2016 foi apresentado o Revive, programa lançado pelo Governo para recuperar e valorizar património histórico através do turismo. O Estado tem como objetivo integrar no Programa Revive um conjunto de edifícios, entre mosteiros, fortes, antigos quartéis ou conventos que, sem utilização, que têm sido condenados ao abandono e alguns estão em estado de ruína. A recuperação dos edifícios será feira por privados, através de concessões, estimando-se um valor de cinco milhões por edifício, com um valor final de cerca de 150 milhões de euros. Depois de feitos os concursos, os espaços abrirão portas como hotéis, restaurantes ou até museus.
Numa primeira fase de apresentação do Programa REVIVE, constava na listagem de imóveis do Estado a concessionar a privados a Fortaleza de Juromenha (Alandroal).
Identificado como projeto 14 – Fortaleza de Juromenha (Alandroal), descrevia o seguinte:
“Segundo os especialistas, “É um caso de estudo, um modelo de evolução da fortificação dentro da Península Ibérica. Nas ruínas é possível ler, numa conjugação rara, a série continua dos períodos históricos – medieval e moderno, islâmico e cristão, de taipa, de pedra, vertical e horizontal – numa sintonia de numerosas e fortes torres, em contraste com poucos, mas robustos e extensos baluartes...”.
Dada a sua situação em plana raia fronteiriça passou de mãos várias vezes. só sendo recuperada definitivamente em 1808. A partir de então foi entrando em progressiva decadência, e em 1920 ficou despovoada. No ano de 1950 a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais iniciou obras de recuperação do espaço, numa campanha que se prolongou até 1996. “
Verifica-se que no documento final divulgado pelo Turismo de Portugal, onde consta a lista dos monumentos que vão ser abrangidos pelo Revive, já não consta Fortaleza de Juromenha (Alandroal).
É com estranheza que verificamos esta situação. Não parece que exista uma justificação plausível para ter sido retirado este importante monumento do concelho do Alandroal.
Assim, ao abrigo, das normas constitucionais e regimentais, solicita-se a V. Exa., que se digne a obter junto dos Sr. Ministro da Cultura, resposta às seguintes questões
1 – Quais as razões que levaram a retirar a Fortaleza de Juromenha (Alandroal) da lista final dos monumentos que vão ser abrangidos pelo Revive?
2 – Está previsto ser reintegrado?
3 – Se sim, para quando?
4 – Caso o investimento não venha a ser realizado por privados ao abrigo do programa Revive, como pretende o Governo fazer face ao financiamento para a recuperação deste monumento?
Palácio de São Bento, 20 de janeiro de 2017
Deputado(a)s
António Costa da Silva
Luís leite Ramos
Pedro Pimpão
Joel Sá
Paulo Rios Oliveira
Fátima Ramos
José Silvano
António Ventura
Álvaro Batista
Berta Cabral

2 comentários:

Anónimo disse...

Lamentável.
Os alandroalenses terão algum interesse pelas coisas da sua terra?
Uma notícia que deveria merecer a atenção de todos nem sequer um comentário?
Ninguem se interessa pelo nosso património? Tão pouco uma palavra de incentivo aos Deputados que se revoltam com o desprezo ao concelho do Alandroal?
Será apenas a politica local, o bota abaixo, a maldicencia que desperta a atenção deste povo?
Vergonhoso

Anónimo disse...



OBS.


Eis uma Petição à qual me associo de alma e coração. Digam-me lá o que é

que Juromenha tem a esperar? Digam-me porque é que a Câmara não aparece

associada ou a associar-se a esta Iniciativa (independentemente das cores

partidárias)?

Vamos ficar todos à espera que a Fortaleza deixe mesmo de ser portuguesa?

Ou, continua tudo e todos, à espera até às Autarquicas que o oportunismo

apareça a querer marcar pontos sem reparar que são pontos cada vez mais

atrasados e que o tempo é afinal um capital precioso e que nunca se

recupera.

POr fim,a pergunta fatal: o que é que este executivo CDU tem feito por

Juromenha? Dar apenas apoio a umas pescarias não será curto demais?


Saudações Democraticas


Antonio Neves Berbem