Sexta, 16 Dezembro 2016
Este será um sinal importante em como as
eleições autárquicas já agitam os partidos.
PSD e CDS celebraram
esta semana um Acordo, subscrito pelos secretários-gerais e coordenadores
autárquicos nacionais de ambos os partidos, onde ficaram expressos os
princípios gerais das candidaturas de coligação para as eleições autárquicas de
2017, sempre que seja essa a vontade das estruturas locais.
A estratégia de ambos os partidos ficou
assim aclarada pelo Acordo.
É um acordo que dará continuidade a
projectos autárquicos que foram desenvolvidos por várias estruturas locais do
PSD e do CDS, e que permitirá dar corpo a candidaturas mais fortes e a projectos
mais abrangentes.
As estruturas locais de ambos os
partidos receberam assim um sinal das respectivas direcções partidárias em como
as coligações farão sentido, e em como em alguns territórios não fará sentido
candidaturas isoladas.
É uma estratégia partidária que se
entende, e que permitiu que em 2013 em coligação ganhar 20 autarquias, e eleger
vereadores, deputados municipais e membros de executivos de juntas em dezenas
de concelhos.
Se em termos nacionais fará sentido
alianças, no Alentejo, por maioria de razão, as coligações farão ainda maior
sentido.
As autárquicas de 2017 serão eleições
propensas a coligações, quer pelo momento em que decorrerão, quer pelo contexto
social e político do país, quer também porque o projecto autárquico em muitos
concelhos já é partilhado por ambas as forças.
Será porventura desnecessário referir
que a agregação de votos permitirá uma maior probabilidade de eleger
candidatos.
Será porventura desnecessário referir
que uma lista de coligação terá uma maior aceitação por parte do eleitorado.
Será porventura desnecessário referir
que uma coligação permitirá criar uma lista de maior valia.
Será porventura desnecessário referir
que uma coligação permitirá apresentar um programa eleitoral mais abrangente,
porque terá que incorporar o essencial de ambas as forças politicas, logo mais
capaz de nele se reverem um maior número de cidadãos.
Contudo, não deixo de registar estas
razões, porque embora me pareçam evidentes, talvez não o sejam para todos.
Até para a semana
Rui Mendes
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