quarta-feira, 2 de novembro de 2016

JOSÉ POLICARPO ASSINA HOJE A CRONICA DE OPINIÃO NA RÁDIO DIANA/FM

                                             Quem vier atrás que feche a porta!

Quarta, 02 Novembro 2016
O vereador que fora eleito pela coligação PSD/CDS votou contra a proposta de orçamento municipal para o ano de 2017, apresentada pela gestão comunista na reunião de câmara de segunda-feira, dia 31/10. No meu entender, foi a posição mais acertada na defesa dos interesses dos eborenses.
A dívida da Câmara Municipal de Évora está aproximadamente nos 85 000 000,00 de Euros. Representa quase dois anos do valor das receitas municipais. Ou seja, para pagar esta divida, em dois anos, a câmara teria deixar de pagar aos seus funcionários, fornecedores e de executar todas as suas funções. É este o estado que os comunistas e socialistas deixaram as contas da Câmara nos mais de quarenta anos que levam de gestão.
Em nome do rigor dos fatos, também, devo referir que o atual executivo camarário tem vindo a atenuar o desequilíbrio financeiro no que toca aos resultados operacionais e líquidos. Houve também uma diminuição no montante e no prazo dos pagamentos a fornecedores. Todavia, por opção do atual executivo camarário, foi empurrado um pagamento significativo da dívida, para depois de 2020. Aplica-se, portanto, aqui o proverbio: Quem vier atrás que feche a porta.
Dito isto, a camara municipal de Évora estará absolutamente condicionada na sua atividade por mais de dez anos. A despesa fixa, aquela que está ligada à despesa com pessoal e à sua atividade é praticamente absorvida pela receita corrente. Se associarmos a isto o valor da dívida que ascende a 85 000 000,00 euros, só poderemos concluir, em nome da verdade e da clareza para com os nos conterrâneos, de que as tarefas mais elementares da Câmara irão ficar prejudicadas e algumas até deixarão de se verificar.
Com efeito, para que a Câmara Municipal de Évora desempenhe as suas funções de forma cabal e completa no sentido de garantir os serviços e os bens de que necessitam os munícipes, as instituições e as empresas, tem que ter recursos financeiros. Por isso, deverá levar a cabo uma restruturação efetiva da sua atividade para criar condições que permitam a sustentabilidade financeira. Se não o fizer, continuará a estar em causa a limpeza e a higienização que atualmente são deficitárias. A iluminação da cidade continuará a ser inadequada e deficiente. A reparação e a requalificação da rede viária, será praticamente inexistente. O apoio aos clubes continuará a ser muito deficitário. Como a falta de equipamentos que possam dotar a cidade para que esta seja competitiva e mais atrativa para os investidores, continuará a ser uma triste realidade.

José Policarpo

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