Sexta, 11 Novembro 2016
Uma semana repleta de factos dignos de
registo.
1º Registo.
Aquele que dominou a semana e que muito
provavelmente continuará a ser notícia foi a eleição do novo presidente dos
Estados Unidos da América.
Talvez até nem tenha sido uma surpresa
assim tão grande.
Donald Trump durante toda a sua campanha
veio assumindo uma permanente posição de provocações e, ainda assim, sempre se
foi mantendo como “elegível”. Esteve sempre na corrida.
A eleição revela que o povo americano
quis uma mudança. Algo que em democracia é absolutamente normal.
Muito do que disse Donald Trump não será
praticável, o tempo o demonstrará. Talvez até seja por isso mesmo que a
política cai em algum descrédito.
Em campanha o discurso é um, em funções
a prática é outra.
2º Registo.
A realização da Web summit. Notável,
absolutamente notável Portugal acolher uma iniciativa desta natureza. Pela
dimensão do evento, pelos impactos criados, pelas oportunidades que poderá
criar.
Dá-nos orgulho ouvir os tantos elogios
que se fizeram a Portugal. Saibamos nós aproveitar economicamente os efeitos do
evento.
3º Registo.
O enredo da falta de entrega das
declarações de rendimentos e património por parte dos gestores da CGD continua.
No início deste processo pareceu-me que
haveria uma descoordenação, hoje entendo que para além da descoordenação,
estamos perante uma clara teimosia que não é entendível.
Contudo, a imagem negativa deste
processo afecta directamente a instituição CGD. As organizações são também a
imagem dos seus gestores. E esse prejuízo que é criado à CGD é de todo
injustificável.
Este processo, gerido com bom sendo
pelas partes, nunca teria sido sequer noticia.
Hoje passa as fronteiras do explicável.
É preciso chegar ao ponto do Tribunal
Constitucional notificar os novos gestores da CGD para que estes apresentem as
suas declarações.
Que falta de sentido de gestão da coisa
pública.
4º Registo.
A captura de Pedro Dias. Não sei se
captura será o termo a aplicar ao caso. O certo é que o sujeito foi detido,
após ter sido notícia diária durante quase um mês.
Bem sabemos que estamos num estado de
direito e temos o princípio da presunção de inocência.
Contudo, os crimes praticados são de tal
modo graves que a nossa justiça deverá ser breve e mostrar-se intolerável
perante quem os praticou.
Num qualquer país em que não exista o
cúmulo jurídico, a condenação pelos crimes praticados será seguramente maior do
que os anos de vida de um qualquer humano.
Se somos o 5º país mais seguro do mundo
deveremos preservar essa posição, porque ela tem um valor incalculável.
Preservemos aquilo que os outros invejam
em nós.
E a segurança com que se vive em
Portugal é invejada pela maioria daqueles que nos visitam, ou que escolhem o
país para nele residirem.
Até para a semana
Rui Mendes
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