Sexta, 23 Setembro 2016
Quem diria.
Apregoou-se que a austeridade tinha
chegado ao fim e afinal criam-se novos impostos. É a austeridade à la gouche.
Claro que a austeridade não terminou, e não irá terminar nos anos mais
próximos. A demonstrá-lo está a enorme carga fiscal que recai sobre os contribuintes.
Tudo tem um imposto ou uma taxa.
Só na cabeça de alguns iluminados houve
esse momento de ilusão. A realidade, infelizmente, é outra.
O suposto novo imposto a aplicar ao
património imobiliário tem dado que falar, e certamente que ainda irá dar muito
que falar, porque nada está claro, porque já gerou desconfiança, porque a
medida não será promotora do investimento, muito pelo contrário.
A tácita foi lançar para a discussão o
assunto. Ver as reacções. E, posteriormente, como gerou polémica, dizer que é
cedo para se falar da matéria porque ela ainda está em estudo.
Mas então quando se aborda um novo
imposto, a dias da apresentação da proposta de orçamento de estado, a matéria
não está já suficiente bem estudada? Não está já acordada com os “parceiros” a
sua implementação? Não se sabe quem irá atingir e como irão ser atingidos?
É tudo pela rama.
O que é estranho é que o imobiliário
estava em franca recuperação após ter sido fortemente atingido pela crise. E os
que investiram em imobiliário fizeram-no no pressuposto de condições que o
Estado se apressa, desde logo, a alterar. Naturalmente gerando desconfiança e
afastando investidores.
Como é possível apelar ao investimento,
num país tão necessitado de investidores, quando os tratamos desta forma.
Continuamos na mesma. Este país não
aprende. A estabilidade do sector fiscal é de capital importância. O problema é
que agora o regime fiscal é agravado por uma forte carga ideológica. E dá no
que dá.
Se queremos ter mais riqueza e
distribuir essa riqueza, é essencial crescer economicamente. Crescer forte, não
através de miseráveis taxas, que é o que nos oferecem.
Mas este não terá sido o único caso que
merece reparos.
O dossier Caixa Geral de Depósitos
contínua inexplicável.
O início do ano lectivo correu como no
ano passado, nem melhor nem pior. Na mesma. Viram-se melhoras onde não as
houve.
Até para a semana
Rui Mendes
2 comentários:
Mas o que é de esperar de políticos que hoje juram uma coisa e um minuto depois dizem o dito por não dito, que hoje dizem mal de um adversário político mas que amanhã já é o seu melhor amigo se por acaso for necessário fazer alguma aliança para se conseguir objectivos.
É desta gente com princípios e com honestidade que temos uma assembleia da república cheia, e que mina também o poder local, temos cá no burgo exemplos de ética se lhe tirar o chapéu.
Enquanto assim for a republica das bananas continua, o que mudam são as moscas porque a dita ...... é a mesma.
"Como é possível apelar ao investimento, num país tão necessitado de investidores, quando os tratamos desta
forma."
Uma boa pergunta para a Presidente do Alandroal,
Como é possível apelar ao investimento, num CONCELHO tão necessitado de investidores, quando os tratamos desta forma.
Enviar um comentário