Sexta, 01 Julho 2016
A última semana foi
repleta de acontecimentos. Ocorreu o Brexit. Tivemos eleições em Espanha.
Aconteceu um novo atentado terrorista.
Portugal continua sob
vigilância.
A Europa assistiu ao Brexit. Nada que não fosse esperado. O maior problema
que o Brexit criou talvez até nem seja a saída do Reino Unido, ou parte dele,
da União Europeia. É o divisionismo que criou na Europa.
É o enfraquecimento do
projecto europeu.
As gerações menos
novas tinham uma obrigação histórica de ter votado num outro sentido.
Agora, pese embora o
mal já esteja feito, importará resolver o problema de uma forma pensada,
equilibrada e sem pressa, para que não se criem mais brechas. A voz lúcida da
chanceler Merkel em boa hora fez esse registo.
Para Portugal esta
saída poderá fazer alguns estragos na nossa economia e, principalmente, nos
sectores de actividade onde as receitas provenientes do Reino Unido significam
bastante, como o sector do turismo em que, em 2015, o Reino Unido foi o
principal mercado, representando 17,6% do total das receitas do sector, daí
perceber a preocupação que os agentes económicos que representam o sector
do turismo revelam.
A Europa de 2016 é
diferente de Europa de 1957, quando seis países assinaram o Tratado de Roma,
pelo que não se entende da razão porque se terão reunido os seis países
fundadores para “debater” a saída do Reino Unido da UE, deixando todos os
restantes de fora.
Quer-se voltar ao
projecto europeu de 1957? Absolutamente incompreensível.
Os espanhóis deram um
sinal claro do que pretendem. Pretendem um Governo que seja liderado pelo
Partido Popular. E disseram-no de uma forma clara a todas as restantes forças
políticas. Em relação à votação de Dezembro o PP foi o único a subir em votos e
em deputados, tendo elegido mais 14 deputados.
Pelo sinal dado por
estas eleições os espanhóis não estarão disponíveis para, num futuro próximo, a
novas eleições. A solução governativa terá que sair destas eleições. Será que a
esquerda espanhola o terá entendido?
O PP ao sair reforçado
desta eleição, ainda que sem a maioria que lhe permita governar sozinho, e pese
embora as variadíssimas possibilidades para um futuro governo, será aquele que
terá condições de governar.
Não será de acreditar
que em Espanha se adopte o modelo português. O terrorismo continua a criar
horrores. Desta feita o ataque foi no aeroporto de internacional de Istambul.
Resultado, 42 mortos e 239 feridos.
Todos os meios empregues
contra as acções terroristas são absolutamente justificáveis.
Há que agir em força
contra estes grupos. Tirar-lhe capacidade de acção, tirar-lhe força. É o
possível quando o inimigo é invisível.
As declarações do
ministro das finanças alemão Schaüble fizeram levantar uma teia de criticas. E
Wolfgang Schaüble apenas terá lembrado que Portugal cometerá um grave erro caso
não cumpra os seus anteriores compromissos.
É certo que com estas
declarações criou desconfiança, criou ruído e criou preocupação.
Mas não existe tanta
certeza por parte do executivo em como as metas traçadas serão cumpridas?
Quem não deve não
teme.
Até para a semana
Rui Mendes
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