Quarta, 08 Junho 2016
Tenho
acompanhado com grande preocupação a polémica que envolve a demora da
inauguração do complexo desportivo de Évora (campo de rugby e pista de atletismo). Os desportistas da nossa cidade, conjuntamente, com os
grupos desportivos não entendem, nem aceitam o atraso da inauguração de uma
infraestrutura, que, tanto quanto julgo saber, estará pronta para ser utilizada
e que as entidades públicas, governo e câmara municipal, não conseguem chegar a
um entendimento quanto à gestão da sua utilização.
Na verdade, há muito que a cidade e os
praticantes de desporto, e, aqui, tenho que relevar a importância do Clube de
Rugby de Évora, reivindicam um complexo desta natureza. Porém, só há cerca de
dois anos é que fora tomada a decisão que obviou tal pretensão. Por isso, não
se compreende e muito menos se aceita, que o complexo desportivo de Évora não
esteja já à disposição dos seus potenciais utilizadores. O Governo e a Câmara
municipal de Évora sairão muito mal deste impasse.
Tive conhecimento que a região do
Alentejo deixará de ter a unidade de neonatologia com a valência dos cuidados
intensivos neonatais. “Até agora referenciação é feita para o hospital Espírito
Santo de Évora, que possui o título de hospital de apoio perinatal
diferenciado, ou seja, trata de recém nascidos a partir das 24 semanas de
gestação”. A proposta da actual tutela, todos os recém-nascidos com idade
inferior a 32 semanas, deverão ser transferidos para Lisboa. Assim, o Alentejo
será a única região do país, a ficar sem uma unidade de apoio perinatal
diferenciado.
Por conseguinte, só me apraz recorrer ao
provérbio popular: “ Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz e não o que ele
faz”. A “Geringonça” que nos governa apregoa aos sete ventos, que a
descentralização e a desconcentração são fundamentais para assegurar a coesão e
a justiça social. Porém, decidem o oposto. Só espero que os Alentejanos saibam
fazer justiça nas próximas eleições.
José
Policarpo
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