quarta-feira, 1 de junho de 2016

A CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA DIANA/FM É DA RESPONSABILIDADE DE JOSÉ POLICARPO

                                                     Ideologia e a realidade

Quarta, 01 Junho 2016
A retórica utilizada pela actual governação e suportada pelos seus aliados da extrema-esquerda, assenta num otimismo irreal e irresponsável, porque não se funda na realidade.
Será, porventura, a mais agradável de ser ouvida e aquela que todos gostávamos que representasse e traduzisse a realidade, mas segundo as instituições que estudam e analisam os índices relativos à produção da riqueza, apontam no sentido contrário das proclamações governativas.
Hoje foram dados à estampa vários textos pelo jornal de negócios, que, em comum, dão nota e aludem ao conceito de sorte. O conceito de sorte segundo o site Priberam, significa;
Combinação de circunstâncias ou de acontecimentos que influem de um modo inelutável. Ora, se a sorte não depende da vontade de cada um, assim, para que o futuro seja mais justo e condigno para todos, não deveremos entregar-nos a essa imprevisibilidade. Por isso, dever-se-á realizar o certo, mesmo que o certo signifique restrições.
No caso do nosso país a sorte fora quase sempre o nosso diapasão. A fundação do país está ligada ao aparente desentendimento do nosso primeiro rei com sua mãe. A chegada à Índia através de mar à frente do reino de Castela, deveu-se, porém, à má interpretação da cartografia existente realizada por estes últimos. A restauração, deveu-se ao facto dos ocupantes, Castela e Filipe III, terem dado primazia ao reino da Catalunha na guerra contra os franceses. Somos portugueses porque a sorte o assim ditou.
No entanto, se quisermos ser um país soberano onde a nossa autonomia esteja garantida no mundo actual, que é muito competitivo, deveremos deixar os optimismos infundados e as proclamações irreais, de lado. O futuro está nas nossas decisões. Se a sorte for o guião político, mais cedo ou mais tarde, vem a dura realidade dos números, significando isso, e não preciso de recorrer ao dicionário, numa nova intervenção externa. É isto que pretendemos para nós e para os nossos filhos?
Se não é isso, teremos, todos, de pautar as nossas atitudes e decisões pela responsabilidade e pela exigência. Não será com exemplos de show-off que nos mobilizaremos para prosseguirmos o desenvolvimento e o bem-estar existentes nos países mais desenvolvidos. Resta, então, fazer a pergunta sacramental. Queremos subir ao nível do desenvolvimento dos países da Europa central, ou pretendemos descer ao nível dos países da América latina? O futuro ainda está nas nossas decisões, mas teremos pouco tempo.

José Policarpo

1 comentário:

Anónimo disse...


Comentários para que?...

É um artista português.