Quarta, 25 Maio 2016
A actual governação liderada pelo
partido Socialista comprometeu-se em repor as trinta cinco horas semanais na
função pública.
Não tenho nada contra os funcionários públicos, até porque há funções nos
regimes democráticos que só deverão ser asseguradas pelo Estado. Refiro-me, nomeadamente,
às funções de soberania; Justiça, defesa, segurança e representação do Estado.
Porém, determinar a reposição do número
de horas semanais significando esta situação a diminuição da carga horária para
os funcionários públicos, sem um estudo que indique e sustente o que representa
na despesa do orçamento de Estado esta medida. No mínimo, seria negligente.
Será que os nossos governantes não veem isso? Ou, será, então, que nos querem
tomar por parvos?
Na verdade, em minha opinião, a questão
não deverá ser analisada do ponto de
vista da justiça. Se é justo ou não a
reposição daquilo que foi retirado. Claro que, o justo, é dar aquilo que é
devido a cada um, sendo esta a definição de Justiça. O problema, no entanto,
não reside no que é devido, mas no que pode ser realizado e executado. O certo
é que o país está falido e não pode gastar o que gasta. Por outro lado, as
instituições financeiras não emprestam dinheiro a juros comportáveis aos países
que não têm as contas equilibradas.
Dito isto, as esquerdas radicais a quem
o actual partido socialista se juntou, proclamam e clamam mais direitos e só
direitos. Todavia, não conseguem explicar aos portugueses, pelo menos aos
conscientes e responsáveis, como e onde, encontrarão o dinheiro para realizarem
um aumento significativo da despesa pública. Porque diminuir a carga horária,
representa, na generalidade das situações, a contratação de mais pessoal para
assegurar as horas dispensadas. E, mais pessoal, significa mais dinheiro. Ou,
estarei equivocado?
José Policarpo
3 comentários:
"E, mais pessoal, significa mais dinheiro.
Certo, mais pessoal significa mais dinheiro que o Estado terá que desenbolsar.
É aumento da despesa mas não será assim tanto como à primeira vista parece. Grande parte, senão todas as pessoas que vão ser admitidas estão a ganhar dinheiro para estarem inativas...
Sr. Policarpo mando-lhe eu dizer que se reduzissem as centenas de nomeações de afilhados para os diversos "tachos" ministeriais e não só, ainda menos pesava no equilíbrio orçamental.
E eu não sei?
"centenas de nomeações de afilhados para os diversos "tachos""
"E eu não sei?"
É verdade. O financiamento dos partidos do Poder...
Metade do dinheiro desses "tachos" é para isso.
E nós: "vemos ouvimos e lemos". Nada mais podemos fazer a não ser escrever também.
O Xico Manel publica se quiser, também.
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