sexta-feira, 1 de abril de 2016

A CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA NA RÁDIO DIANA/FM _ HOJE DE RUI MENDES

                            O benefício da dúvida

Sexta, 01 Abril 201
Entrou ontem em vigor o Orçamento de Estado para 2016, após ter sido promulgado pelo Presidente da Republica.
Temos presente o conjunto de inquietações que este orçamento originou. O tempo dirá se foram ou não em vão. Contudo, não deixam de nos criar fundadas preocupações.
Mas também não esqueçamos que este OE obteve aprovação pela Comissão Europeia, pese embora não saibamos as condições que terão sido acordadas para a obtenção da aprovação. Também por uma maioria de deputados da Assembleia da Republica, aqueles que sustentam o Governo e, finalmente, pelo Presidente da Republica.
Ao promulgar este orçamento o Presidente da Republica assumiu, também, a sua quota de responsabilidade perante este documento.
De facto, se o OE para 2016 lhe causasse dúvidas certamente que só teria promulgado o diploma após as ter esclarecido.
A verdade é que todos os orçamentos têm uma zona de imprevisibilidade. Trata-se de documentos previsionais, como tal, não deixam de estar sujeitos a condicionalismos internos e externos, os quais exercem os correspondentes efeitos.
A diferença é que uns são elaborados acautelando eventuais impactos, incorporando medidas consistentes que contribuam para se atingir, com algum grau de certeza, as metas pretendidas e, por isso, sejam considerados mais realistas.
Outros integram medidas que assentam em pressupostos que, a não se verificarem, geram desvios e originam o não atingir das metas desejadas.
O OE é um documento de fundamental importância na vida de todos nós e para o cumprimento de todo um conjunto de metas que Portugal
está obrigado a cumprir, seja a meta do défice para 2016, para que o país consiga sair do Procedimento por Défice Excessivo, seja a redução da divida externa.
Mas também, é o documento principal que poderá permitir a criação de condições para o crescimento económico, ou a criação de emprego, ou a redução da taxa de desemprego (veremos qual será o resultado desta taxa no final deste ano), e mencionaríamos aqui todos os restantes indicadores económicos. As medidas que nele constam aplicam-se a toda a economia, logo influem em todo o seu funcionamento.
Concorda-se que este OE foi elaborado num contexto particularmente difícil, contudo importa agora a máxima responsabilização na sua execução.
O Presidente da Republica promulgou-o também de forma a criar condições de estabilidade, julgo até que, no contexto atual, não poderia sequer ter tido uma posição diferente. O povo português não a iria compreender.
Até para a semana
 Rui Mendes


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