Quarta, 23 Março 2016
O dia 28 de Março é o
dia nacional dos centros históricos e é assinalado na próxima segunda- feira.
Esta efeméride faz vinte e três anos no em curso, porque é assinalada
anualmente desde do ano 1993, ano da sua criação. E, é comemorado no dia 28 de
Março, porque é a data do nascimento de Alexandre Herculano.
No que diz respeito às particularidades e especificidades
do centro histórico da cidade de Évora, é de salientar que é o maior e talvez o
mais importante dos centros históricos do nosso país com a classificação de
património da humanidade. Tem uma área de 107 hectares, podia compreender, para
que se tenha noção da grandeza, mais de cem campos de futebol de onze.
Na verdade, o centro
de histórico de Évora tem uma extensão verdadeiramente considerável e a sua
monumentalidade é constituída por vestígios históricos de várias civilizações.
Da romana, passando pela celta, árabe, judaica e cristã. Por isso, é
inquestionável a sua importância histórica e patrimonial.
Contudo, o centro
histórico de Évora tem o seu casario visivelmente degradado e a necessitar de
obras de requalificação e reabilitação. O número de edifícios e de casas, que,
apresentam sinais exteriores de degradação, é considerável. E, se não forem
intervencionados, dificilmente, terão qualquer utilidade, seja para a
habitação, seja para o comércio.
Pelo que, se nada for
feito no sentido de inverter esta situação, o centro histórico de Évora
“morrerá”. Ficará, por isso, sem residentes e deixará de ser procurado pelos
turistas. Quer sejam nacionais, quer sejam estrangeiros.
Ora, há muitos
exemplos de políticas e práticas que foram levadas a cabo pondo fim à
degradação dos centros históricos em várias cidades, não só lá fora como,
também, no nosso país. Por isso, resta colocar a pergunta certa: O que está à
espera a Câmara Municipal de Évora para iniciar e liderar o processo de combate
à degradação do nosso centro histórico, que, por acaso ou não, até é da
humanidade?
José Policarpo
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