sexta-feira, 18 de março de 2016

A CRONICA DE OPINIÃO QUE ESTÁ A SER TRANSMITIDA HOJE NA RÁDIO DIANA/FM

                                         O congresso da mudança

Sexta, 18 Março 2016
No último fim-de-semana os democratas-cristãos reuniram-se em congresso.
Um congresso que teve por missão substituir uma liderança de 16 anos. Uma liderança que foi forte, personalizada e que marcou bastante o CDS/PP.
O partido soube reconhecer o extraordinário desempenho de Paulo Portas durante o tempo que liderou o CDS.
Mudar uma liderança de 16 anos não é fácil. Mudá-la de forma tranquila ainda será menos fácil. Mas no CDS foi conseguida.
Foi precisamente isso que aconteceu no último congresso do CDS.
Assunção Cristas ganhou a liderança dos democratas-cristãos, tendo sido eleita com 95,6% dos votos.
A nova liderança deixou-nos, desde logo, a sua ambição. Os democratas-cristãos não terão um tema como bandeira, terão propostas em todas as áreas.
No seu discurso sinalizou alguns dos temas que serão prioritários:
A reforma da segurança social, essencial para a sustentabilidade do regime, mas também para criar mais justiça ao sistema;
A revisão da regulação bancária, fundamental para uma supervisão bancária que seja consistente e que não permita o sucessivo crash dos bancos, os quais transferem custos insuportáveis para os contribuintes e para a economia;
A revisão do regime laboral do sector público e sector privado, dando corpo a que ambos os sistemas sejam tão próximos quanto possível, e que nenhum dos sistemas apresente direitos distintos do outro.
Não se poderá defender que uns trabalhem 35 horas e outros 40 horas. Existe aqui um princípio de justiça e de igualdade que importa preservar;
Apoio às empresas de forma a fortalecer a economia, para que as empresas sintam no Estado um verdadeiro parceiro, que beneficia do crescimento das empresas, quer para a criação de emprego, quer na vertente fiscal.
A união dos democratas-cristãos em torno da nova liderança foi evidente e o congresso deixou-o bem expresso.
O partido fica assim nas mãos seguras e na firmeza de Assunção Cristas.
No atual contexto o CDS não deixará de ser oposição acutilante, mas sempre com elevada responsabilidade.
Até para a semana
Rui Mendes


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