sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA DIANA/FM

                                     Chocalhos alentejanos / Tauromaquia

Sexta, 04 Dezembro 2015
Na crónica de hoje abordarei dois temas, que embora distintos, são ambos de inquestionável relevância.
O primeiro pelo prestigio da atribuição de mais uma distinção pela UNESCO à identidade cultural alentejana.
Desde o passado dia um que o fabrico dos chocalhos alentejanos passou a integrar a lista de Património Cultural Imaterial da UNESCO.
A região é absolutamente distintiva na sua cultura e no seu património, e essa singularidade tem tido o reconhecimento da UNESCO, a qual já havia classificado como Património Mundial o Centro Histórico de Évora (1986), as Fortificações de Elvas (2012) e o Cante Alentejano (2014).
E certamente não se esgotará nestas quatro distinções, tal é a relevância patrimonial e cultural da nossa região.
Como alentejano naturalmente que foi com entusiasmo que recebi a notícia e, com especial agrado, de ficar a saber que a candidatura teria sido considerada como exemplar.
Hoje o genuíno chocalho alentejano será certamente um produto mais procurado e valorizado, e a criação de valor económico aos produtos regionais é de fundamental importância.
Eles têm espaço para ganhar escala e para serem geradores de criação de mais valor económico, de mais emprego.
O segundo tema que referencio prende-se com a tauromaquia e com as potencialidades deste espectáculo, a qual está fortemente enraizada no Alentejo.
Foi esta semana divulgado por um órgão de comunicação social que o Museu do Campo Pequeno, inaugurado no passado dia 2 de Junho, já recebeu visitantes de 86 países, sendo que os franceses lideram o ranking dos visitantes. Absolutamente notável, e que mostra como a tauromaquia é um espectáculo atractivo e gerador de valor.
Pese embora o museu esteja localizado em Lisboa não deixa de promover a tauromaquia e os seus actores, promovendo também directamente os territórios onde ela mais acontece.
Não foi ao acaso que escolhi estes dois temas e os juntei nesta crónica.
São dois exemplos de como se consegue promover o nosso património cultural, preservando a sua identidade, criando-lhe mais dimensão, de forma a conseguir retirar-lhe o necessário valor económico, percebendo-se a importância que as questões identitárias têm para a valorização dos seus territórios e como podem contribuir para a criação de valor económico e, consequentemente, para criar emprego e ser um factor de fixação de pessoas.
Proteger a nossa identidade patrimonial e cultural é defender o nosso território e as nossas gentes.
Até para a semana
Rui Mendes


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