quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA RÁDIO DIANA/FM

                                  Não será pecado. Mas é uma vergonha!

Quarta, 16 Dezembro 2015
Abstive-me de falar, comentar e escrever sobre o caso Sócrates enquanto este esteve preso e em obrigação de permanência na habitação. Vulgo prisão domiciliária. Porque defendo que mesmo politicamente ninguém deverá ser visado ou criticado, quando está sob suspeitas do foro criminal.
Não é difícil perceber e/ou entender que é muito mais fácil criticar alguém, quando esse alguém está condicionado de alguma forma. Por maioria de razão, a situação ganha contornos de maior relevância, se visarmos alguém, criticamente, quando está cerceado na sua liberdade. O contraditório ficará, portanto, hipotecado e muito condicionado.
Contudo a entrevista dada por José Sócrates ontem à TVI, ultrapassa todos os limites da convivência democrática. Não aceito que um ex primeiro-ministro do meu país faça acusações e imputações ao ministério público de forma genérica e gratuita. Este senhor refere-se quase sempre a situações e não a factos, porque sabe que no momento não pode ser contraditado, nem pelos investigadores, nem pelo ministério público. Estes estão obrigados ao dever de reserva, e por isso, não podem utilizar os mesmos meios. O espaço mediático não é o espaço da realização da Justiça.
Com efeito, independentemente, deste senhor vir ou não a ser condenado, a forma que engendrou para fazer a sua defesa é absolutamente condenável e inadmissível. Disto é exemplo irrefutável, a utilização que faz reiteradamente da comunicação social para enlamear as instituições judiciárias como é o caso do ataque desferido intencionalmente e covarde à credibilidade do ministério público.
A defesa de qualquer arguido deverá ser realizada no próprio processo, é assim que, a Constituição da República o prevê, como, também, a lei ordinária. José Sócrates por seu turno, utiliza a comunicação social para o fazer. Porque é que o faz? Deixo as conclusões para os meus ouvintes e leitores as fazerem.

José Policarpo

5 comentários:

Anónimo disse...

Fala assim porque se calhar nunca se viu perseguido pela policia e investigadores de forma abusiva sem qualquer respeito por quem só por ser arguido é por estes senhores que fazem parte da justiça portuguesa tratado como de um criminoso se trata-se.
Já senti na pele tratamento idêntico embora por razões diferentes, abusos indiscriminados a familiares e amigos, que não deram em nada e nem uma desculpa da justiça portuguesa depois de considerado inocente. Arruinaram a minha vida e a da minha família e pena tenho eu de não ter a capacidade e a possibilidade de ir para as televisões ou para qualquer outro lado defender-me desta cambada de incompetentes insensíveis que, devassam e brincam com as vidas das pessoas em nome de uma justiça que mais parece a inquisição.

Um bom Natal mas opine do que conhece porque isto de julgamentos de outros na televisão e nos jornais ou em filmes é uma coisa, na vida real e quando nos toca a conversa é outra.
Não lhe desejo azar ou má sorte para si e para os seus, mas caro José Policarpo, nunca se sabe o dia de amanhã, e como diz o ditado o peixe morre pela boca.

Anónimo disse...

As perseguições e os tribunais plenários foram no tempo da (sinistra) outra senhora.
Pela democracia vigente hoje não existem, não podem existir.
Mas, quem se mete em "imbróglios" sujeita-se às mais do que justas averiguações jurídicas.
Daí que, apelidando-as de perseguições, o prevaricador apenas pretende esboçar (infantilmente) uma derradeira e inútil tentativa de sacudir a água do capote.
Quando já é tarde, agonizantemente tarde de mais.

Todos devemos EXIGIR justiça democrática e transparente.

BOAS FESTAS






Anónimo disse...

"Todos devemos EXIGIR justiça democrática e transparente.

BOAS FESTAS"

DEVEMOS E MUITO BEM EXIGIR PORQUE NÃO A HÁ.

COMPREENDO MUITO BEM O COMENTADOR DE 16 dezembro, 2015 18:13 QUE COMO MUITA GENTE É METIDA EM IMBROGLIOS E DEPOIS CONSIDERADO INOCENTE, SEM QUALQUER DESCULPA OU COMPENSAÇÃO DOS DANOS CAUSADOS, AO ESTILO DO COMENTADOR ACIMA QUE JULGA OS OUTROS DE FORMA LEVIANA E PIDESCA, NESTE PAÍS É SÓ GENTE QUE PRETENDE SACUDIR ÁGUA DO CAPOTE, É DE FACTO ESTE O PENSAMENTO DE MUITA GENTE QUE APELA POR JUSTIÇA JUSTA MAS FAZ E PENSA PRECISAMENTE O CONTRÁRIO.
O TRISTE DISTO TUDO É QUE FALAM DESTAS COISAS NÃO POR O CASO EM SI MAS POR QUEM SE TRATA, SE FOSSE UM EX PRIMEIRO MINISTRO DE OUTRO QUADRANTE POLÍTICO SE CALHAR TINHAM FICADO CALADINHOS E JÁ ESTAS QUESTÕES NÃO ERAM RELEVANTES.
UM BOM NATAL COM POLÍTICA DE FORA SE FOREM CAPAZES.

Anónimo disse...

Estou de acordo consigo Sr. josé Policarpo.´
E porque não falou o sr ex-primeiro ministro dos pinheiros arrancados pelo tio em Setúbal? pela rápida ascensão da firma da mãe? do primo que saiu do país para praticar artes marciais?
Estes não foram maltratados? são praticantes do bem público, por acaso?

Anónimo disse...

Anónimo Anónimo disse...
As perseguições e os tribunais plenários foram no tempo da (sinistra) outra senhora.
Pela democracia vigente hoje não existem, não podem existir.




E se não disse-se tantos disparates não seria uma mais valia para toda a gente que por aqui vai lendo e comentando.
Querem lá ver que o amigo descobriu o estado e sociedade perfeitos, é Portugal no ano de 2015, modelo a seguir pelo resto do Mundo.
Com todo o respeito, vá dar banho ao cão e boas festas, e antes de comentar, pense.