MATIAS
JOSÉ
Ao Bomer
MOTE
Eu tenho um cão preto
Mais negro que o carvão...
Meu amigo predilecto
É da cor do alcatrão.
Glosas
1ª
É danado o raio do bicho
Chega a tirar-me do sério,
Esse canicalho galdério
Sempre abanando o rabicho.
Com toda a força lhe guincho
Pra se portar direito,
Mas com ele nada feito
Ordens não quer acatar…
Venho então desabafar:
Eu tenho um cão preto!
2ª
Noite cerrada me confunde
Só mesmo vejo o olhar,
Nas órbitas a brilhar
Intermitentes amiúde.
Todo ele emana saúde
No seu jeito meio trapalhão,
Rebolando-se pelo chão
Já nada de bom auguro…
Quando se perde no escuro
Mais negro que o carvão!
3ª
Se o passeio pela rua
E lhe digo anda cá,
É certo que vai pra lá
Com o sentido na lua.
Se me zango ainda amua
A quatro patas irrequieto,
Até parece ser esperto
Não sei que mais possa fazer,
Pró maldito obedecer
Meu amigo predilecto!
4ª
Tudo fareja a criatura
Tal qual como um porco,
Mas ainda é mais torto
Quando perde a compostura.
Na rua uma triste figura
Passeando-se o figurão,
Fica deitado no chão
Camuflado com a estrada,
E eu sem poder fazer nada
É da cor do alcatrão!
Matias José
Eu tenho um cão preto
Mais negro que o carvão...
Meu amigo predilecto
É da cor do alcatrão.
Glosas
1ª
É danado o raio do bicho
Chega a tirar-me do sério,
Esse canicalho galdério
Sempre abanando o rabicho.
Com toda a força lhe guincho
Pra se portar direito,
Mas com ele nada feito
Ordens não quer acatar…
Venho então desabafar:
Eu tenho um cão preto!
2ª
Noite cerrada me confunde
Só mesmo vejo o olhar,
Nas órbitas a brilhar
Intermitentes amiúde.
Todo ele emana saúde
No seu jeito meio trapalhão,
Rebolando-se pelo chão
Já nada de bom auguro…
Quando se perde no escuro
Mais negro que o carvão!
3ª
Se o passeio pela rua
E lhe digo anda cá,
É certo que vai pra lá
Com o sentido na lua.
Se me zango ainda amua
A quatro patas irrequieto,
Até parece ser esperto
Não sei que mais possa fazer,
Pró maldito obedecer
Meu amigo predilecto!
4ª
Tudo fareja a criatura
Tal qual como um porco,
Mas ainda é mais torto
Quando perde a compostura.
Na rua uma triste figura
Passeando-se o figurão,
Fica deitado no chão
Camuflado com a estrada,
E eu sem poder fazer nada
É da cor do alcatrão!
Matias José
CÃO NA HORTA»
Novo amigo lá na horta
Tal qual o Rantanplan...
Chegou cedo pela manhã,
Entrou sem bater à porta.
Que bem se comporta
Ficando à nossa espera,
Parece amizade sincera
Foi ele quem nos escolheu...
Não é meu nem é teu,
Eis a regra que impera!
Matias José
Chegou cedo pela manhã,
Entrou sem bater à porta.
Que bem se comporta
Ficando à nossa espera,
Parece amizade sincera
Foi ele quem nos escolheu...
Não é meu nem é teu,
Eis a regra que impera!
Matias José
Rantanplan, o Cão da Horta da Vinha.
MARIA
ANTONIETA MATOS
POR ME ATRAIÇOAR UM DIA…!
Por me atraiçoar um dia,
Tive crises num momento,
Nem onde estava sabia.
Pensei que estava demente,
Sem saída, num lugar estranho,
Labutava arduamente,
Naquele vale de enganos.
Quanto reais… são os sonhos,
Que nos emperram a noite,
Em caminhos tão medonhos!
Quanto medonha é a vida,
Que crava espinhos nos sonhos,
Estorvando a livre corrida!
Maria Antonieta Matos 24-09-2015
Desenho do meu amigo e GRANDE ARTISTA, Costa Araujo
Tive crises num momento,
Nem onde estava sabia.
Pensei que estava demente,
Sem saída, num lugar estranho,
Labutava arduamente,
Naquele vale de enganos.
Quanto reais… são os sonhos,
Que nos emperram a noite,
Em caminhos tão medonhos!
Quanto medonha é a vida,
Que crava espinhos nos sonhos,
Estorvando a livre corrida!
Maria Antonieta Matos 24-09-2015
Desenho do meu amigo e GRANDE ARTISTA, Costa Araujo
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