Quarta, 07 Outubro 2015
A primeira crónica desta nova temporada,
inevitavelmente, versará sobre a minha visão do resultado verificado nas
eleições legislativas ocorridas no passado domingo, dia 4.
Ora, há dois factos inelutáveis e resultam evidentes à saciedade. O
primeiro é que a Coligação ganhou as eleições legislativas e deverá formar um
governo estável e de legislatura. O segundo, é que o parlamento terá uma
maioria de esquerda. Assim, a primeira consequência é que a Coligação deverá
governar e a maioria de esquerda deverá estar na oposição.
Acontece porém, que, o novo panorama
político traz à dialética política uma diferente perspetiva pelo facto do
resultado eleitoral obtido pela Coligação não ter sido uma maioria absoluta.
Deste modo, só o consenso político será a baliza para tornar possível uma boa
governação. Com isto não quero dizer que o consenso seja um fim em si mesmo do
próximo governo. O que o consenso deverá significar é a viabilização das
reformas que o país ainda necessita de levar a cabo. Com efeito, a
sustentabilidade da segurança social é um exemplo disso mesmo.
Na atual maioria parlamentar de
esquerda, só o partido socialista se apresenta como europeísta e a favor da
união monetária. Os demais partidos de esquerda defendem posições que
contrariam o cumprimento das regras inscritas nos tratados europeus. Estes
partidos não priorizam a consolidação das contas públicas, consequentemente,
não defendem a continuidade do pais na União Europeia.
Dito isto, para a preservação do
bem-estar das famílias portuguesas e do desenvolvimento das nossas empresas,
pede-se ao novo governo e à oposição democrática e responsável que presidam as
suas posições observando o superior interesse nacional. Os desafios nacionais e
internacionais são cada vez mais complexos e delicados e não comportarão
tacticismos político-partidários. Não tenho dúvida do que afirmo.
Por último, referir que apesar da
austeridade imprimida pelo governo na última legislatura e o quanto isto
significou para muitas pessoas, designadamente, para os funcionários públicos e
pensionistas, a Coligação Portugal à Frente no distrito de Évora, não só
conseguiu obter a eleição de um deputado, no caso o Dr. Costa da Silva, como,
também, fora a segunda força partidária mais votada no distrito.
José Policarpo
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