DIA INTERNACIONAL DA MULHER TRABALHADORA
A mulher trabalhadora
Tem reconhecido dia
Por ser grande lutadora
Sofreu tamanha heresia
...
Reclamou os seus direitos,
Elevou a sua voz,
Sofreu um tormento atroz
Por tentar valer preceitos
Aos que desconhecem pleitos
Num covil, fechada fora
Como sendo malfeitora
Mais cento e tal companheiras
Deflagrando, em fogueiras
A mulher trabalhadora.
...
Naquele espaço fabril
Dezasseis horas vivia
Sem ter condições, sofria
Uma escravatura vil,
Do patronato viril;
Redução de horas pedia
A tanto, não resistia
Só umas p´ra descansar;
E por tanto se arriscar
Tem reconhecido dia.
...
Com um terço do salário
Que o homem recebia,
Mesma força despendia
Cumprindo igual horário,
Vivendo o mesmo cenário;
De, na jorna ter melhora,
Se achava merecedora
E não ficando calada
Fatalmente, foi queimada,
Por ser grande lutadora.
...
Oito de Março gravou,
Tão triste acontecimento
Ferozmente violento.
A mulher se lamentou
E junto ao patrão falou
Expondo que pretendia
Somente, o que merecia;
Por se queixar com razão,
A gente sem coração
Sofreu tamanha heresia.
Ausenda Ribeiro
Por ser grande lutadora
Sofreu tamanha heresia
...
Reclamou os seus direitos,
Elevou a sua voz,
Sofreu um tormento atroz
Por tentar valer preceitos
Aos que desconhecem pleitos
Num covil, fechada fora
Como sendo malfeitora
Mais cento e tal companheiras
Deflagrando, em fogueiras
A mulher trabalhadora.
...
Naquele espaço fabril
Dezasseis horas vivia
Sem ter condições, sofria
Uma escravatura vil,
Do patronato viril;
Redução de horas pedia
A tanto, não resistia
Só umas p´ra descansar;
E por tanto se arriscar
Tem reconhecido dia.
...
Com um terço do salário
Que o homem recebia,
Mesma força despendia
Cumprindo igual horário,
Vivendo o mesmo cenário;
De, na jorna ter melhora,
Se achava merecedora
E não ficando calada
Fatalmente, foi queimada,
Por ser grande lutadora.
...
Oito de Março gravou,
Tão triste acontecimento
Ferozmente violento.
A mulher se lamentou
E junto ao patrão falou
Expondo que pretendia
Somente, o que merecia;
Por se queixar com razão,
A gente sem coração
Sofreu tamanha heresia.
Ausenda Ribeiro
O LIVRO
Livro, amigo meu das horas mortas
Fiel companheiro desde a infância
Grande libertador da ignorância
Sempre que te procuro me confortas
...
Difundes os saberes em abundância
Do conhecimento abres tuas portas
A todos os temas dás relevância
Nas sábias páginas que transportas
...
Mensageiro das palavras de amor
Que no teu seio, dócil, acarinhas
Confidente, também, d'alguma dor
...
Sentimentos vários tu aninhas
Dos quais és fiel anotador
Em letras que no teu regaço alinhas.
Ausenda Ribeiro
Minha terra é pequenina
Tem uma beleza infinita
Creio que foi a mão divina
Fez de si a mais bonita
I
É o meu berço dourado
Meu lençol de enxoval
É um tesouro pelo qual
Estou muito enamorado.
É o mais belo povoado
Pintado à mão na colina
É o meu sol da matina
Beijando a doce, transtagana.
Excepto a vertente humana
MINHA TERRA É PEQUENINA
II
No canteiro do meu jardim
Pousa a abelha de mel
O campo forma um painel
Dum colorido sem fim.
Nada vi mais belo assim
Onde o meu ego levita
O bom sossego coabita
Com avezinhas do campo.
Esta terra que amo tanto
TEM UMA BELEZA INFINITA
III
O bálsamo das flores
E também o cheiro da cal
Faz da minha terra Natal
Um jardim de lindas cores.
É o meu Éden de amores
Poema que me fascina
Tem a paz como doutrina
Na sua comunidade
Quem lhe deu tanta verdade
CREIO QUE FOI A MÃO DIVINA
IV
Minha terra de sargaços,
Minha esteira de orvalho,
Minha Mina do Bugalho
Tem Alandroal, a dois passos.
A minha terra, tem abraços
Para dar a quem a visita
O seu povo, tem muita dita
E orgulho nas suas raízes.
Por me dar dias felizes
FEZ DE SI A MAIS BONITA!
José Chilra
«MODÉSTIA À PARTE»
Poeta que se diz modesto
É um homem abençoado…
Considero de todo honrado,
Ser humilde e ser honesto!
O que em verdade detesto
É o ego não caber dentro,
Só pra si querer ser o centro
De todas as demais atenções…
Nessas tristes manifestações
Eu não alinho nem entro!
É um homem abençoado…
Considero de todo honrado,
Ser humilde e ser honesto!
O que em verdade detesto
É o ego não caber dentro,
Só pra si querer ser o centro
De todas as demais atenções…
Nessas tristes manifestações
Eu não alinho nem entro!
POETA
Para o
poeta “Versos Diversos”
MOTE
Nunca supus que os
meus versos
Merecessem tais distinções...
Merecessem tais distinções...
Assino: Versos
Diversos
...Em certas ocasiões!
...Em certas ocasiões!
Glosas, por Matias José
I
Qualquer coisa que suponho
Interrogo-me: é ou não é?…
Tenha mais ou menos fé,
Imagino-a como num sonho.
Dou então por mim risonho
Em sentimentos dispersos,
Chegam mesmo a ser inversos
Ao que penso do seu real valor,
Por não me julgar professor…
«Nunca supus que os meus versos!»
Qualquer coisa que suponho
Interrogo-me: é ou não é?…
Tenha mais ou menos fé,
Imagino-a como num sonho.
Dou então por mim risonho
Em sentimentos dispersos,
Chegam mesmo a ser inversos
Ao que penso do seu real valor,
Por não me julgar professor…
«Nunca supus que os meus versos!»
II
Foi de todo escolha péssima
A palavra empregue pra rimar...
Não é correcto a mesma usar,
Estava assim «furada» a décima!
Seja então na duodécima
Ou quaisquer outras posições,
Quem duplicar comete infrações
Às regras, que são mais-valias,
Não creio que as minhas poesias
«Merecessem tais distinções!»
Foi de todo escolha péssima
A palavra empregue pra rimar...
Não é correcto a mesma usar,
Estava assim «furada» a décima!
Seja então na duodécima
Ou quaisquer outras posições,
Quem duplicar comete infrações
Às regras, que são mais-valias,
Não creio que as minhas poesias
«Merecessem tais distinções!»
III
Todo o poeta secretamente
Desenvolve os seus poemas,
Sobre os mais variados temas
Que vão fluindo de sua mente.
Constrói escrupulosamente
Vagueando entre universos,
Os versos que serão impressos
Com normas, nunca esquecer…
Escreveu então pra agradecer:
«Assino: Versos Diversos».
Todo o poeta secretamente
Desenvolve os seus poemas,
Sobre os mais variados temas
Que vão fluindo de sua mente.
Constrói escrupulosamente
Vagueando entre universos,
Os versos que serão impressos
Com normas, nunca esquecer…
Escreveu então pra agradecer:
«Assino: Versos Diversos».
IV
Desta forma dizer-lhe obrigado
P’la sua chamada de atenção,
As décimas com correcção
Têm um sabor mais refinado!
No Altejo ficou registado
Uma boa troca de impressões,
Esclarecidas certas questões
Humildemente peço desculpa…
A poesia é que não tem culpa,
«… Em certas ocasiões!»
Desta forma dizer-lhe obrigado
P’la sua chamada de atenção,
As décimas com correcção
Têm um sabor mais refinado!
No Altejo ficou registado
Uma boa troca de impressões,
Esclarecidas certas questões
Humildemente peço desculpa…
A poesia é que não tem culpa,
«… Em certas ocasiões!»
I
Alandroal terra quente
Com sete bicas na fonte
Terena de boa gente
Com sete arcos na ponte
II
Construída pelos romanos
Por baixo águas brilhantes
Já passaram muitos anos
Já nada é como dantes
III
No concelho do Alandroal
Há três vilas, três castelos
Povoado de aldeia banal
Com seus campos tão belos
IV
Vila de Terena tem castelo
Na entrada um chafariz
Vila com muito de belo
E também com um jardim
V
Jorumenha vila antiga
Com um castelo em ruinas
Que bem receber o turista
Em casas reconstruidas
Maria Mira (MM)
Alandroal terra quente
Com sete bicas na fonte
Terena de boa gente
Com sete arcos na ponte
II
Construída pelos romanos
Por baixo águas brilhantes
Já passaram muitos anos
Já nada é como dantes
III
No concelho do Alandroal
Há três vilas, três castelos
Povoado de aldeia banal
Com seus campos tão belos
IV
Vila de Terena tem castelo
Na entrada um chafariz
Vila com muito de belo
E também com um jardim
V
Jorumenha vila antiga
Com um castelo em ruinas
Que bem receber o turista
Em casas reconstruidas
Maria Mira (MM)
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