Segunda, 09 Março 2015
Celebrou-se ontem o
Dia Internacional da Mulher. Um dia que muitos celebram como mais um dia de
luta, entre os 365 dias do ano, mas outros apenas cavalgam na hipocrisia do
momento para lembrar que existem mulheres.
Conheço muitos homens e mulheres
feministas que lutam diariamente pela igualdade de género. Igualdade de género
que alguns categorizam como a luta ridícula de igualar o género masculino e
feminino. Não, não se trata de desvalorizar as diferenças óbvias entre homens e
mulheres, mas sim de lutar pela defesa intransigente da igualdade de direitos e
de oportunidades.
Sim, não tenho a
mínima dúvida que vivemos num mundo ainda machista, desigual a todos os níveis.
Dispenso a apresentação dos números da desigualdade, pois qualquer ser humano
atento percebe facilmente que a maioria das mulheres encontra-se diminuída de direitos
e de oportunidades pelo simples facto de ser mulher.
Não aceito este mundo,
não aceito que a minha filha e todas as mulheres, fruto do acaso de uma
distribuição cromossómica, nasçam contando com a desigualdade como norma.
Sou feminista. Não
tenho medo de o afirmar. Quando me afirmo feminista, muitos dizem que o
feminismo é apenas a outra face do machismo, como se a tolerância e o respeito
fossem apenas a outra face do racismo ou da homofobia.
Não, não consigo ficar
indiferente quando uma parte da humanidade, em função do seu género, é
discriminada diariamente no nosso país e no mundo. Não, não consigo deixar de
lutar lado a lado, agradecendo a todas as mulheres que no nosso país resistem e
em todo o mundo lutam por um mundo de igualdade, liberdade, justiça,
solidariedade e paz.
Sou homem e sou
feminista… Contraditório? Nunca! Coerente, se me quero afirmar homem com “H”
grande.
Até para a semana!
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