sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

CRONICA DE OPINIÃO DE HOJE TRANSMITIDA NA DIANA/FM

                                              Requalificar funcionários

Sexta, 13 Fevereiro 2015 09:47
Participar na formação contínua dos trabalhadores é um dever de qualquer entidade patronal.
O Estado tem nesta matéria responsabilidades acrescidas. Quer por ser o maior empregador, quer pelo dever ser o exemplo, quer ainda por ter a capacidade de estabelecer as suas próprias regras.
O atual regime criado para dispensar trabalhadores na administração pública, seja de uma forma definitiva ou não, apelidado de regime de requalificação, o qual veio substituir o anterior regime de mobilidade especial, é algo que se viesse contribuir para preparar os funcionários menos necessários para novas funções (ainda que lhes seja aplicado no primeiro ano um programa de formação especifico) seria, de todo, de enaltecer.
Contudo, como aconteceu no anterior regime, este sistema também permite a colocação de pessoal em inatividade, podendo assim permanecer até à data da sua aposentação.
E não se creia que é algo vantajoso ou desejado pelos funcionários, quer pela significativa perda da remuneração que lhes é aplicado, quer pela perda do posto de trabalho.
A administração terá que conseguir melhorar na forma como é gerida a mobilidade interna dos seus trabalhadores, colocando-os em serviços mais carentes e evitando aplicar medidas de redução que poderão resolver um problema, mas que geram problemas sociais de maior dimensão e, em boa verdade, não terão efeitos orçamentais tão expressivos que o justifiquem.
É que num mundo globalizado e em constante evolução, as especificidades dos postos de trabalho tendem a sofrer sucessivas alterações e, neste contexto, preparar funcionários para novas funções, fazendo-os adquirir novas competências, é uma condição para a estabilidade social dentro das organizações.
Quanto à redução de efetivos a administração pública tem conseguido reduzir efetivos de forma bastante significativa, tendo nos últimos 3 anos reduzido cerca de 80 000 trabalhadores, por vias como o mútuo acordo e a aposentação, evitando, e bem, climas de tensão social.
A responsabilidade social das empresas e do Estado terá que ser a da preservação do emprego e, só aplicar medidas que resultem na perda de postos de trabalho quando estas forem inevitáveis, doutra forma teremos dificuldade em compreende-las.
O esforço para que todos devemos contribuir é para a empregabilidade, para diminuir a taxa de desemprego e para a inclusão social.
Até para a semana
Rui Mendes


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