NAS
ASAS DO VENTO
Nas
asas do vento um dia eu parti
Sem
rota, sem rumo e sem direção
Um
impulso que em minha alma senti
Seguindo
as ordens do meu coração.
Só
maravilhas, por lá vivi
Mergulhei
num mar de louca paixão
Lindas
palavras eu disse e ouvi
Cheguei
a pensar que fora ilusão.
Num
turbilhão andou meu pensamento
Minha
boca nem soltou um lamento
Entrei
num arrebatado fulgor.
Não
fora ilusão, nem sonho, nem vento
Doce
maravilha de encantamento
Viverá nos braços do meu amor.
Ausenda
Ribeiro
CEIFEIRA DO ALENTEJO
Oh!
Évora do Alente
Sigo-te
de longe a pensar,
E
neste anseio de desejo,
Não
resisto sem te sonhar.
Rodopia
o lápis na tela,
Criando
tudo o que vejo,
Escrevo-te
a pintar a mais bela,
Ceifeira
do Alentejo.
Imagino
cada encanto,
Vou
pincelando a sorrir,
Na
sonoridade me espanto,
Sentindo
a obra a surgir.
Desenhando
a sua Praça,
Sala
que abraça a cidade
Sento
a ceifeira com graça
No
auge da hospitalidade
Maria
Antonieta Matos/04-11-2014
Pintura Costa Araújo
Pintura Costa Araújo
UM DOS NOSSOS POETAS
VITOR PISCO
Lá no largo do Garcia
Ia do Jardim de Évora
Descia a Rua do Raimundo
Almoçava com a Débora
Carapaus na tasca do fundo
Lá no café do Comendinha
Ia lanchar com o Melo
E nos arcos à tardinha
Bebíamos café camelo.
Passava na Gabriel Pereira
Ia jantar ao Eborim
Na Travessa da Parreira
Vi-te em trajes de cetim
Lá no largo do Garcia
Ia ter aulas de piano
Na rua da mouraria
Passei então por engano
Mas foi no jardim do granito
Que eu então me apaixonei
Vi-te num traje bonito
E num banco te namorei.
Vítor Pisco
16/10/2014
Descia a rua de Avis
Na tasca do Latinhas Corvelo
Cantei à moda alentejana
Era sempre um prazer vê-lo
Comendo tremoço e ervilhana.
Havia boa pinga castiça
Um panelão de cozido
E um prato com linguiça
Comendo tremoço e ervilhana.
Havia boa pinga castiça
Um panelão de cozido
E um prato com linguiça
Fazia-nos cantar de ouvido.
Mas também lá no Ciríaco
Havia sempre boa pinga
E no restaurante do Chico
Sempre um prato com petinga.
Descia a rua de Avis
E no café da muralha
Havia licor de anis
Com fartura para a maralha.
Vítor Pisco
18/10/2014
Mas também lá no Ciríaco
Havia sempre boa pinga
E no restaurante do Chico
Sempre um prato com petinga.
Descia a rua de Avis
E no café da muralha
Havia licor de anis
Com fartura para a maralha.
Vítor Pisco
18/10/2014
Sem comentários:
Enviar um comentário