Segunda, 20 Outubro 2014
08:26
O Governo PSD/CDS apresentou o seu
último Orçamento de Estado da legislatura que lideraram. Os orçamentos
apresentados, incluindo os rectificativos, deixam bem patente a linha governação
imposta: a destruição do Estado Social (Escola Pública, Serviço Nacional de
Saúde e Proteção Social) e o fanatismo ideológico que procura aumentar o fosso
entre os mais ricos e os mais pobres, matando a classe média com aumentos
brutais de impostos, e protegendo continuamente os mais poderosos, de que a
banca e os banqueiros são exemplo.
O Governo impôs, desde 2011, mais de 20 mil milhões de
euros em pacotes de austeridade, e com eles não controlou o défice, conseguindo
a proeza de aumentar a dívida pública portuguesa em cerca de 40% do PIB durante
o período da sua governação. Para que serviu tanta austeridade? De que nos
serviu o programa de assistência financeira internacional? A nós, povo, só nos
prejudicou, mas a agenda de destruição ficou mais facilitada.
O Orçamento de Estado para 2015 não traz
grandes novidades, continua a constituir uma previsão esmagadora para os
portugueses.
Desde logo, é um Orçamento completamente
irrealista, porque prevê um crescimento (1,5%) inalcançável tendo em conta as
políticas subjacentes, assim como um aumento das exportações (4,7%) e
diminuição do desemprego (2%) impossíveis de concretizar.
De resto, é um Orçamento que não aposta
em qualquer investimento público, impedindo o crescimento da economia e do
emprego, além de representar um reforço da carga fiscal a abater-se sobre os
portugueses (mais dois mil milhões de euros).
O subfinanciamento nas áreas da
Educação, Saúde e Justiça continuará a ser uma realidade, assim como a redução
dos apoios sociais.
O aumento das pensões mínimas prometido
é, no mínimo, revoltante. Aumentar em 2 euros estas pensões é uma ofensa a
todos aqueles que contribuíram toda uma vida para o desenvolvimento do nosso
país.
Enfim, é o fim anunciado de um Governo
que se revelou desastroso a todos os níveis. E o futuro de Portugal? Queremos
mesmo preparar-nos para uma desilusão tipo Hollande? Queremos mesmo a aplicação
da austeridade fofinha?
Até para a semana!
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