Quarta, 08 Outubro 2014
11:00
Há alguns anos ouvi da boca de um
comentador político, salvo o erro, foi do João Pereira Coutinho, que perguntado
sobre qual a diferença entre a capital e a cidade do Porto, o próprio
respondeu, que, em Lisboa podia beber a água da rede pública sem qualquer
receio, ao contrário do que se verificava na cidade do Porto, em que a água da
rede pública tinha gosto e tinha cheiro. O que comentador quis dizer com tal
asserção, é que Lisboa oferecia aos seus munícipes um bem essencial requisito
de qualidade de vida.
Com efeito, acho que é absolutamente pacífico de que o
fornecimento de água segura, tanto em alta, como em baixa, esta é aquela que
chega através da rede da canalização pública e que liga o fornecimento às
nossas casas, é sinónimo de desenvolvimento e de qualidade de vida. Estamos a
falar, sem alarmismos, também, de saúde pública.
Embora a qualidade da água da rede pública tenha vindo a
melhorar a nível nacional, facto é que no distrito de Évora só o concelho de
Viana do Alentejo tem água 100% segura e a região do Alentejo só quatro
concelhos é que atingem este patamar. Na minha opinião ainda temos que fazer
muito caminho para atingirmos os 100% em todos os concelhos do país,
nomeadamente, na nossa Região.
Na verdade a qualidade da água fornecida em Alta na região do
Alentejo segundo os dados publicados no site da Entidade Reguladora dos
Serviços de Água e Resíduos é de 99,48%, ao contrário do que sucede nas outras
regiões do país, em que o valor é de 100% ou muito perto deste valor.
Por outro lado, segundo dados da ERSAR só 34 concelhos dos 308
existentes no país, é que têm a água 100% segura. Estamos, portanto, a falar de
12% do total nacional.
Voltando á realidade do nosso concelho e pese embora o valor da
água estar num patamar aceitável, devemos exigir que se façam os investimentos
necessários no sentido de obtermos um fornecimento de água 100% segura nas
nossas casas. Pois, não devemos esquecer-nos daquilo que aprendemos nos
primeiros anos da nossa instrução escolar. A água pura, define-se por não ter
cor, cheiro e gosto.
José Policarpo
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