Sexta, 10 Outubro 2014
11:00
A importância do Empreendimento Fins
Múltiplos de Alqueva assume para a região uma importância fundamental. Trata-se
de um empreendimento que não se esgota na barragem do Alqueva, algo que começou
a ser desenhado na década de 50. O Alqueva assume-se como o maior lago artificial
da Europa, com 250 km2 de superfície (35 dos quais em território espanhol),
trazendo inúmeras potencialidades à região.
É estratégico no que respeita à reserva de água, quer no que
concerne ao abastecimento público, quer ao regadio, sendo irrigada uma área
aproximada de 120 mil hectares.
É estratégico para o desenvolvimento económico da região,
em especial na área agrícola. No desenvolvimento das explorações agrícolas existentes. Na criação de novas explorações agrícolas.
No crescimento da área de regadio. Porque permite valorizar os activos
ambientais.
Mas, também, nas áreas do turismo e energia. No turismo pelo
enorme potencial que o lago permite. Quer como zona de lazer, desfrutando de
uma qualidade ambiental única (através de passeios náuticos, pedestres ou BTT),
quer através de desportos náuticos, da caça ou da pesca. Também pela
importância que a gastronomia e o sector vitivinícola assume no território do
Alqueva.
Na energia porque a barragem do Alqueva possuiu duas centrais
potenciando o aproveitamento hidroeléctrico do rio Guadiana, com a produção de
energia limpa, produção energética que reduz a emissão de CO2, indo assim ao
encontro dos objectivos definidos pela Europa a serem atingidos em 2020.
É estratégico para o desenvolvimento social da região, pelo
volume de emprego criado. Muito mais haveria a dizer relativamente ao EFMA. A
dimensão de um investimento de cerca de 2.500 M€ implicaria necessariamente que
se referisse mais. Contudo, importará hoje dizer que o projecto Alqueva estará
concluído até ao final de 2015, com a conclusão da rede secundária, abrindo-se
assim mais um conjunto de novas oportunidade de investimento.
Com este investimento criou-se atractividade económica, criou-se
espaço para investimentos em actividades não tradicionais, valorizou-se o
território. Um território que soube também valorizar aquele investimento.
É importante apostar nos investimentos estratégicos, mas é
fundamental que aqueles tenham a necessária sustentabilidade e que promovam o
respectivo retorno socioeconómico. Senão não estamos a investir mas sim a
desinvestir no território. Não estamos a resolver problemas, estamos sim a
criar mais problemas.
Ao criar as condições para que o empreendimento esteja concluído
no final de 2015, com recurso a verbas do fundo europeu do desenvolvimento
regional, o governo e, em particular, o ministério da agricultura souberam
interpretar e priorizar o juízo que a região faz daquele empreendimento.
Rui Mendes
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