Terça, 14 Outubro 2014 11:00
Task-force é uma palavra que teve origem na
Marinha dos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial e era o que se
chamava a uma unidade militar temporária, criada especificamente para fazer uma
missão especial e urgente.
O termo também está muito ligado à procura por vários tipos de
organizações de metas ou objetivos para um fim específico, onde é necessário
que todos os envolvidos se unam e façam um esforço máximo para alcançar o que
desejam ou o que precisam.
Atrever-me-ia a dizer que qualquer tarefa de equipa a que as
pessoas se proponham ou sejam obrigadas a fazer, seja ela por força da lei ou
por reação a uma situação que se considere caótica, deverá à partida ser
presidida por este espírito da task-force. Cada “soldado”, na sua especialidade
e disciplina, arregaçar as mangas, meter as mãos na massa que cada um conhece e
trabalhá-la em conjunto até ao produto final. É este um espírito completamente
oposto ao outro espírito que corresponde à manutenção de uma situação que
apenas necessita de um acompanhamento, de uma correção aqui e ali, de um
ajustamento por força de circunstâncias que se alterem e não por defeito do
andamento que se tem dado ao que está em causa.
Quando alguém decide criar uma task-force é porque, de facto,
reconhece que pode modificar o que encontrou. Para melhor, espera-se. Ou
esperam aqueles que deram crédito a essa task-force pondo nessas mãos uma
vontade sua. É assim que devem pensar aqueles que escolhem uma equipa para
liderar, seja uma instituição, uma associação, um partido, uma autarquia ou um
governo. Dar a ideia que se cria uma task-force, dando mesmo de barato que esta
tenha o nome de gabinete ou comissão, e depois não fazer rigorosamente nenhuma
mudança, para melhor volto a repetir, e que seja alguma coisa a que se possa chamar
uma mudança, é uma fraude.
O que acontece amiúde é que há certas task-forces que aparecem
assim, com esta aura a que só apetece incentivar com um «Go, go, go!» e que,
depois, de mudarem tudo, fica tudo na mesma. Aí se revela das duas, uma: ou uma
vontade expressa que assim seja, e a consequente indução em erro dos que
acreditaram nessa mudança, ou a avaliação errada que fizeram da situação que
queriam mudar, o que é uma pena, mas enfim, vale pelo menos pelo esforço.
Claudia Sousa Pereira
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