Porque tem laços de afinidade com o Alandroal, pela sua
simpatia, pela sua maneira de ser, mas acima de tudo pelo desempenho da sua atividade,
orgulha-se o Al Tejo de transcrever o mail recebido hoje, e enviado pelo nosso
colaborador Augusto Mesquita no qual se enaltecem as virtudes do Dr. Carlos
Alexandre
«Quem é Carlos Alexandre, o homem que deteve Ricardo Salgado?
24 Julho 2014, 13:31 por João Maltez | jmaltez@negocios.pt
Chamam-lhe "super juiz". E a razão é
simples: neste país, não há grande processo de criminalidade económica e
financeira que não lhe passe pelas mãos.
Nos últimos anos, os chamados crimes de
"colarinho branco" que maior notoriedade pública registou contam com
as intervenções do juiz Carlos Alexandre.
É este o homem que, esta manhã, se responsabilizou por
interrogar o antigo presidente do BES, no âmbito do processo conhecido por
Monte Branco. As suspeitas sobre Ricardo Salgado dirão respeito, sobretudo, tal
como avançou o Negócios, às transferências de 14 milhões de euros que o antigo
banqueiro recebeu do construtor José Guilherme.
Como magistrado judicial responsável pelo Tribunal
Central de Investigação Criminal, Carlos Alexandre trabalha a par e passo com o
Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e o seu nome ficará
associado a casos de grande impacto público, como o já referido Monte Branco,
mas também as operações Furacão, Portucale, Face Oculta, BPN ou Remédio Santo.
Admirado e odiado
No mundo da advocacia, há quem o admire, mas também
quem o odeie. Se alguns dos actores da Justiça que lidam ou já lideram com
Carlos Alexandre lhe chamam "Mourinho da Justiça", por causa da sua
obstinação, há porém quem prefira, de forma pejorativa, designá-lo como o
"Garzón português", acusando-o de gostar de protagonismo. O juiz
espanhol Baltazar Garzón, conhecido mundialmente pelo arrojo em desafiar os
mais poderosos, teve também a seu cargo a responsabilidade de conduzir
processos relacionados com crimes de "colarinho branco". Foi o caso
da a investigação das suspeitas de lavagem de dinheiro que penderam, na última
década, sobre o grupo financeiro espanhol BBVA.
Afinal, no caso de Carlos Alexandre, foram as suas
intervenções nos casos mais mediáticos de criminalidade económica e financeira
as causas directas do seu protagonismo público. Ele que se iniciou no mundo do
Direito e da Justiça depois de completar a licenciatura na Faculdade de Direito
de Lisboa, onde se cruzou, por exemplo, com os socialistas António Costa e
Eduardo Cabrita. Passou depois pela Polícia Judiciária Militar, mas optou por
seguir a carreira da magistratura judicial, tendo desempenhado funções,
nomeadamente, nas varas mistas de Sintra. Chegou ao Tribunal Central de
Investigação Criminal, o conhecido "Ticão", em 2004. Era então
titular a juíza Fátima Mata-Mouros. Dois anos depois passou a responsável
máximo daquele tribunal.
Católico, sportinguista, natural de Mação
Sportinguista assumido, Carlos Alexandre é também um
católico devoto que gosta de regressar às origens. Participa sempre nas
comemorações da Páscoa, em Mação, a localidade ribatejana onde nasceu há 52
anos. Filho de um carteiro e de uma operária fabril, estudou na Telescola e nas
férias chegou a ajudar o pai nas obras.
Pese embora o acusem de procurar protagonismo, a
verdade é que foram raras as vezes em que se expôs na comunicação social.
Indirectamente, através de um amigo e conterrâneo, o antigo assessor do Partido
Socialista António Colaço, foi possível ver, há dois anos, no blogue Ânimo,
Carlos Alexandre na celebração pascal de Mação. Mais do que o lado do devoto,
ganharam força as afirmações do magistrado judicial, então transcritas no
"Diário de Notícias".
"No contexto de uma diligência que se procurava
tomar contacto com documentação, foi-nos dito por uma pessoa com importância na
praça que estava ali a mando de alguém para acompanhar aquele acto, porque
quando o dinheiro falava, a verdade calava. Comigo a verdade falará sempre mais
alto", sentenciou o juiz.»
2 comentários:
ADMIRO sinceramente o Dr. Carlos Alexandre não como forma de bajulação mas, porque efetivamente representa aquilo em que acredito.
Assim quando nas minhas orações peço por todos os meus familiares peço também por quem tem a coragem de defender e representar a justiça com tudo o que a própria palavra encerra e, neste caso peço a Deus que mantenha alerta todos os seus anjos da guarda pois que os ódios que circundam este senhor nao devem ser poucos não... Que sirva de exemplo para muitos mais da nossa sociedade!
Carlos Alexandre: JUÍZ!
Homem simples e honesto.
É de pessoas deste calibre que os tribunais mais precisam.
É pobre.
E não vai enriquecer... decerto.
Pelo menos da forma como muitos dos influentes em Portugal têm enriquecido.
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