sexta-feira, 22 de agosto de 2014

PANO CRU

                                                             PANO CRU    
i)                        
 Não é tarde nem é cedo, agarro neste “Pano Cru”, no papel e na caneta e passo a explicar-me via Net. Isto antes de ir para umas fériazecas, mas ainda a tempo de ( com a notável abertura editorial do Al tejo…) poder posicionar e deixar aqui alinhavado “um simples e despretensioso decálogo” de opções politicas viáveis até à Primavera de 2015, antecedendo os três debates decisivos que aí vêm.
Vejamos os dez pontos.
--- 1. Julgo eu que, no momento em que vivemos, devia ser arrumada  a pretensão de alguém se armar “em dono do PS ou do novo PS” especialmente após estas primárias;
--- 2. É preferível que o PS antes de se conformar com “ vitórias eleitorais”, deva privilegiar a ideia de conseguir um confortável resultado eleitoral que faça claramente a diferença aos olhos das pessoas; 
--- 3. Temos a ideia assente de que a atitude do PS, em relação à Esquerda, deverá ser sempre a do dialogo e a do seu “não envolvimento” em pré-posições hostis; qual é o problema de aceitar o BE no governo como aconteceu na Alemanha da CDU de A. Merkl com os Verdes?
--- 4. Pretender uma maioria absoluta ( que não costuma ser a melhor  conselheira…) tem de significar que o PS viria a considerar-se autossuficiente no país, ou onde quer que seja?...
---5. A Democracia, é ou não é, um regime politico aberto à negociação e aos compromissos permanentes, onde o PS sem problemas e complexos de identidade politica, merece uma renovada confiança politica que a maioria da sociedade portuguesa nele  veio  sempre demonstrando;
--- 6. Sim à redução moderada de deputados e “um não corajoso” à promiscuidade que, os mesmos, demonstram em prejuízo dos seus deveres, responsabilidades e dedicação ao Parlamento;
--- 7. É um dever histórico do PS, acabar de vez com “os complexos de governabilidade”, quando aliado à Esquerda, que só têm servido para dar vantagens estratégicas aos governos de Direita. Como está  acontecendo, há demasiado tempo, com esta matreira e eleitoralista maioria PSD-CDS;
--- 8. Quanto à vertente externa europeia.
        Aqui atenção: julgamos que aquilo que não pode acontecer, é confundirmos a nossa divida com os seus custos cegos. Ou seja, temos que defender um “novo equilíbrio” entre os custos financeiros destinados ao pagamento do serviço da dívida e os recursos que têm de ir sobrando para  investimentos;
--- 9. Porque, se assim não for,  à semelhança do que vem acontecendo com muitos países (especialmente entre os mais pobres e indefesos), qualquer dia teremos pago tanto ou mais de juros do que o capital que realmente nos emprestaram… a isto chama-se saque usurário e confisco de recursos;
O dilema poderia ultrapassar-se propondo uma nova interpretação do intragável Tratado Orçamental em vigor onde quem manda mais é sempre  Bruxelas…;
---10. Voltando uma  vez mais ao “problema geral” do BES, a coisa não é o que parece. O 1º Ministro e Maria Luís Albuquerque andam a afirmar que o Estado não está a assumir riscos com a solução encontrada pelo Banco de Portugal para evitar e contornar a falência.
Tenho o direito de afirmar que isto me parece uma redonda mentira!
Porque entre 2011 e 2012 (segundo fontes nacionais e internacionais), o BES (como outros bancos portugueses) realizou emissões de dívida publica, recorrendo às garantias do Estado no montante de 4250 milhões de euros.
E caso, o Novo Banco, não venha a conseguir pagar o conjunto de 4 créditos atribuídos, será o Estado português a ter de assumir essa  responsabilidade.
Ora toma! Firma-te PS: não deixes que a justiça se distraia e que os criminosos à solta se vitimizem. Chega-lhes!
 Digo isto, também como contribuinte que tem o IMI em atraso, que fica deveras lixado (directa ou indirectamente) com responsabilidades financeiras que andarão  na casa dos 10.000 milhões de euros. A par de umas incertas “devoluções oficialmente ressarcidas” pelo meio e cuja confirmação, aliás, nos passa  sempre ao lado.

ii)
--- Em síntese,  já é tempo de parar e ver (com um decidido PS ) com os portugueses esmifrados, e 4 anos de austeridade, que estamos a destruir não só a confiança do povo em si mesmo, como a economia, a coesão e os direitos sociais (desde 2011 foram penhoradas  mais de 509 mil pensões, ver Dn ) fazendo com que a nação portuguesa esteja triste e o país se mostre, na realidade, bastante doente.
Sabe-se lá por quanto mais tempo? Sabe-se lá com que consequências para uns milhões de portugueses que não estão para aturar isto e vão ter de  mudar de atitude e a visão das coisas.
Chega ou não chega de tanto atasqueiro? De algumas embirrações pessoais e de tanta inoperância no cenário endinheirado da União Europeia?
E já que estamos no Alentejo e no Alandroal : não chega já de tanta desertificação, de tanta discriminação e isolamento económico?
E, sobretudo, de tanta simulação que vai apenas acenando que anda sem nunca andar em frente. Parecendo, mais uma vez,  que estamos a desandar apenas para situações repetidas e novamente antigas…
Melhores saudações. Boas férias.

António Neves Berbem
   (22/8/2014)             

8 comentários:

Anónimo disse...

Mas qual PS?
O obreiro/colaboracionista da ruína a que o Estado e nós todos chegámos?

Que postagem? Valha-nos Deus!

Ficção?

Anónimo disse...

Contra-mão!

Anónimo disse...

Chega é de gente incompetente e sem qualquer qualificação ou experiência para governar uma Autarquia. Continuamos entregues a "políticos" amadores e a executivos provincianos de meia tijela, e depois é o que se tem visto e vê.
Com todo o respeito, mas vivemos num País onde qualquer borra botas que vá para a politica pode ter um momento de sorte e ser Presidente de uma Autarquia, e se as coisas já estão muito complicadas não é com com cromos da bola e curiosos que vamos lá,sejam da direita de esquerda ou independentes.

Anónimo disse...

Isto é uma vergonha!!!!!

Candidatem-se a presidente da república!

Nesse lugar não precisam saber nada esse lugar é só decorativo e quanto menos souberem melhor é para os contribuintes. Não precisamos lá de gente esperta

Anónimo disse...

Tem razão o comentador das 9.26!!!
Foi o que aconteceu há 12 anos.... Foram atrás de um tipo que nunca tinha feito um chavo, sem profissão nem formação e foi o que se viu!
Felizmente o Alandroal, nas últimas eleições,
escolheu para presidente uma pessoa com 30 anos de advogacia e com 7 anos de experiencia como eleita do executivo camarario!!!!

Anónimo disse...

Então diga lá o amigo um competente, sem ser de direita, esquerda ou independente. Avance com o nome de um profissional

Anónimo disse...

"Anónimo Anónimo disse...
Então diga lá o amigo um competente, sem ser de direita, esquerda ou independente. Avance com o nome de um profissional

23 Agosto, 2014 23:01"

Felizmente o Alandroal, nas últimas eleições,
escolheu para presidente uma pessoa com 30 anos de advogacia e com 7 anos de experiencia como eleita do executivo camarario!!!!

23 Agosto, 2014 17:38

ORA AÍ TEM UMA PROFISSIONAL SÓ QUE PELOS VISTOS O PROFISSIONALISMO É POUCO, E ESSA DO EXECUTIVO CAMARÁRIO SÓ PODE SER PARA RIR.
A SENHORA PERCEBE DE LEIS MAS JULGA PERCEBER DE TUDO E O RESULTADO ESTÁ À VISTA.

Anónimo disse...

O texto deste Senhor António Berbem não deixa de ser interessante, mas, só se for para rir!
Então o Senhor diz:

"7. É um dever histórico do PS, acabar de vez com “os complexos de governabilidade”, quando aliado à Esquerda (...)"

mas já tinha referido atrás:

"3. Temos a ideia assente de que a atitude do PS, em relação à Esquerda, deverá ser sempre a do dialogo e a do seu “não envolvimento” em pré-posições hostis; qual é o problema de aceitar o BE no governo como aconteceu na Alemanha da CDU de A. Merkl com os Verdes?"

Afinal quem é que tem complexos de governabilidade???

O PS ou o Senhor???

Então não existe CDU na sua cabeça???

Saltou do PS para o BE, sem mais!!!

Não tenho mais nada a dizer.

Passem bem.