PANO CRU
i)
Não é tarde nem é cedo, agarro neste “Pano Cru”, no
papel e na caneta e passo a explicar-me via Net. Isto antes de ir para umas
fériazecas, mas ainda a tempo de ( com a notável abertura editorial do Al
tejo…) poder posicionar e deixar aqui alinhavado “um simples e despretensioso
decálogo” de opções politicas viáveis até à Primavera de 2015, antecedendo os
três debates decisivos que aí vêm.
Vejamos os dez pontos.
--- 1. Julgo eu que, no momento em que
vivemos, devia ser arrumada a pretensão
de alguém se armar “em dono do PS ou do novo PS” especialmente após estas
primárias;
--- 2. É preferível que o PS antes de se
conformar com “ vitórias eleitorais”, deva privilegiar a ideia de conseguir um
confortável resultado eleitoral que faça claramente a diferença aos olhos das
pessoas;
--- 3. Temos a ideia assente de que a
atitude do PS, em relação à Esquerda, deverá ser sempre a do dialogo e a do seu
“não envolvimento” em pré-posições hostis; qual é o problema de aceitar o BE no
governo como aconteceu na Alemanha da CDU de A. Merkl com os Verdes?
--- 4. Pretender uma maioria absoluta (
que não costuma ser a melhor
conselheira…) tem de significar que o PS viria a considerar-se
autossuficiente no país, ou onde quer que seja?...
---5. A Democracia, é ou não é, um
regime politico aberto à negociação e aos compromissos permanentes, onde o PS
sem problemas e complexos de identidade politica, merece uma renovada confiança
politica que a maioria da sociedade portuguesa nele veio
sempre demonstrando;
--- 6. Sim à redução moderada de
deputados e “um não corajoso” à promiscuidade que, os mesmos, demonstram em
prejuízo dos seus deveres, responsabilidades e dedicação ao Parlamento;
--- 7. É um dever histórico do PS,
acabar de vez com “os complexos de governabilidade”, quando aliado à Esquerda,
que só têm servido para dar vantagens estratégicas aos governos de Direita.
Como está acontecendo, há demasiado
tempo, com esta matreira e eleitoralista maioria PSD-CDS;
--- 8. Quanto à vertente externa
europeia.
Aqui atenção: julgamos que aquilo que não pode acontecer, é confundirmos
a nossa divida com os seus custos cegos. Ou seja, temos que defender um “novo
equilíbrio” entre os custos financeiros destinados ao pagamento do serviço da
dívida e os recursos que têm de ir sobrando para investimentos;
--- 9. Porque, se assim não for, à semelhança do que vem acontecendo com
muitos países (especialmente entre os mais pobres e indefesos), qualquer dia
teremos pago tanto ou mais de juros do que o capital que realmente nos
emprestaram… a isto chama-se saque usurário e confisco de recursos;
O dilema poderia ultrapassar-se propondo
uma nova interpretação do intragável Tratado Orçamental em vigor onde quem
manda mais é sempre Bruxelas…;
---10. Voltando uma vez mais ao “problema geral” do BES, a coisa
não é o que parece. O 1º Ministro e Maria Luís Albuquerque andam a afirmar que
o Estado não está a assumir riscos com a solução encontrada pelo Banco de
Portugal para evitar e contornar a falência.
Tenho o direito de afirmar que isto me
parece uma redonda mentira!
Porque entre 2011 e 2012 (segundo fontes
nacionais e internacionais), o BES (como outros bancos portugueses) realizou
emissões de dívida publica, recorrendo às garantias do Estado no montante de
4250 milhões de euros.
E caso, o Novo Banco, não venha a
conseguir pagar o conjunto de 4 créditos atribuídos, será o Estado português a
ter de assumir essa responsabilidade.
Ora toma! Firma-te PS: não deixes que a
justiça se distraia e que os criminosos à solta se vitimizem. Chega-lhes!
Digo isto, também como contribuinte que tem o
IMI em atraso, que fica deveras lixado (directa ou indirectamente) com
responsabilidades financeiras que andarão
na casa dos 10.000 milhões de euros. A par de umas incertas “devoluções
oficialmente ressarcidas” pelo meio e cuja confirmação, aliás, nos passa sempre ao lado.
ii)
--- Em síntese, já é tempo de parar e ver (com um decidido PS
) com os portugueses esmifrados, e 4 anos de austeridade, que estamos a
destruir não só a confiança do povo em si mesmo, como a economia, a coesão e os
direitos sociais (desde 2011 foram penhoradas
mais de 509 mil pensões, ver Dn ) fazendo com que a nação portuguesa
esteja triste e o país se mostre, na realidade, bastante doente.
Sabe-se lá por quanto mais tempo?
Sabe-se lá com que consequências para uns milhões de portugueses que não estão
para aturar isto e vão ter de mudar de
atitude e a visão das coisas.
Chega ou não chega de tanto atasqueiro?
De algumas embirrações pessoais e de tanta inoperância no cenário endinheirado
da União Europeia?
E já que estamos no Alentejo e no
Alandroal : não chega já de tanta desertificação, de tanta discriminação e
isolamento económico?
E, sobretudo, de tanta simulação que vai
apenas acenando que anda sem nunca andar em frente. Parecendo, mais uma
vez, que estamos a desandar apenas para
situações repetidas e novamente antigas…
Melhores saudações. Boas férias.
António Neves Berbem
(22/8/2014)
8 comentários:
Mas qual PS?
O obreiro/colaboracionista da ruína a que o Estado e nós todos chegámos?
Que postagem? Valha-nos Deus!
Ficção?
Contra-mão!
Chega é de gente incompetente e sem qualquer qualificação ou experiência para governar uma Autarquia. Continuamos entregues a "políticos" amadores e a executivos provincianos de meia tijela, e depois é o que se tem visto e vê.
Com todo o respeito, mas vivemos num País onde qualquer borra botas que vá para a politica pode ter um momento de sorte e ser Presidente de uma Autarquia, e se as coisas já estão muito complicadas não é com com cromos da bola e curiosos que vamos lá,sejam da direita de esquerda ou independentes.
Isto é uma vergonha!!!!!
Candidatem-se a presidente da república!
Nesse lugar não precisam saber nada esse lugar é só decorativo e quanto menos souberem melhor é para os contribuintes. Não precisamos lá de gente esperta
Tem razão o comentador das 9.26!!!
Foi o que aconteceu há 12 anos.... Foram atrás de um tipo que nunca tinha feito um chavo, sem profissão nem formação e foi o que se viu!
Felizmente o Alandroal, nas últimas eleições,
escolheu para presidente uma pessoa com 30 anos de advogacia e com 7 anos de experiencia como eleita do executivo camarario!!!!
Então diga lá o amigo um competente, sem ser de direita, esquerda ou independente. Avance com o nome de um profissional
"Anónimo Anónimo disse...
Então diga lá o amigo um competente, sem ser de direita, esquerda ou independente. Avance com o nome de um profissional
23 Agosto, 2014 23:01"
Felizmente o Alandroal, nas últimas eleições,
escolheu para presidente uma pessoa com 30 anos de advogacia e com 7 anos de experiencia como eleita do executivo camarario!!!!
23 Agosto, 2014 17:38
ORA AÍ TEM UMA PROFISSIONAL SÓ QUE PELOS VISTOS O PROFISSIONALISMO É POUCO, E ESSA DO EXECUTIVO CAMARÁRIO SÓ PODE SER PARA RIR.
A SENHORA PERCEBE DE LEIS MAS JULGA PERCEBER DE TUDO E O RESULTADO ESTÁ À VISTA.
O texto deste Senhor António Berbem não deixa de ser interessante, mas, só se for para rir!
Então o Senhor diz:
"7. É um dever histórico do PS, acabar de vez com “os complexos de governabilidade”, quando aliado à Esquerda (...)"
mas já tinha referido atrás:
"3. Temos a ideia assente de que a atitude do PS, em relação à Esquerda, deverá ser sempre a do dialogo e a do seu “não envolvimento” em pré-posições hostis; qual é o problema de aceitar o BE no governo como aconteceu na Alemanha da CDU de A. Merkl com os Verdes?"
Afinal quem é que tem complexos de governabilidade???
O PS ou o Senhor???
Então não existe CDU na sua cabeça???
Saltou do PS para o BE, sem mais!!!
Não tenho mais nada a dizer.
Passem bem.
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