DIABO NA CRUZ - Nova rubrica do A.N.B.

O DIABO na CRUZ 

Decidiu que versar assuntos em “Pano Cru” sem mostrar o “Diabo na Cruz” podia não fazer o género interventivo do Al tejo, tornando-se uma referência pouco útil e desamigável da realidade local. Do passado perdido e do futuro por conquistar que anda, há vários anos, a motivar a sua incessante missão.

Daí, se bem repararem, o simbolismo deste tipo de coisas, boas e más, por agora, ditas de uma forma muito curta. 

i) Coisas do Presente em cujo Futuro já ninguém acredita

-- Dado que o GES se estilhaçou e o BES faliu, o Governo não gosta de ouvir que estes crimes tornaram a encalacrar-nos e são casos de polícia. Alguém ainda acredita que o naipe que acompanhou Ricardo Salgado era apenas um conjunto de santos?

--Muito embora não pareça, em Portugal, dá-se sempre o caso de serem aqueles que ateiam os incêndios que, depois torna que não torna, são os mesmos que são escolhidos para os apagar… Dá para acreditar em tanta competência e isenção?

-- Podemos confiar que, desta vez, o Alandroal, com a larga maioria absoluta que a CDU detém, vai ser a “Oitava maravilha” da política local alentejana?

ii) Coisas do Futuro que se cruzam com o Passado

-- Vejam este caso dos Bórgias mecenas entre os séculos XV e XVI.

Rodrigo Bórgia que se tornou no terrível papa Alexandre VI fez o habitual na época: roubou, praticou adultérios, corrupção, incestos, assassínios, compra e venda de bens espirituais. A coisa deu para o torto e, então, não é que o mesmo Alexandre VI, segundo reza a História, morreu envenenado pelo seu próprio filho César que desejava suceder-lhe no papado e teve de fugir para Navarra aqui bem perto. Querem um passado mais actual para o(s) verdadeiros Francisco(s) combaterem?

-- 25 de Abril,25 de Novembro, e 11 de Março qual destas três datas é que pode vir fatalmente a (re) acontecer em Portugal num destes anos e ainda durante este princípio de século?

iii) Coisas do Paraíso em que ainda podemos acreditar eternamente

-- a meu ver em duas coisas: no Pacifismo daqui por uns tempos largos e infelizes e no Cante e sentido de humor dos alentejanos;

-- em Marco Polo porque sempre pareceu dizer (desde que o lemos) que “ aquilo que os homens bons imaginam não é menos real do que aquilo a que chamam a realidade”. Pese embora a outra velhíssima realidade de que o “homem é o lobo do homem”; 

-- e ainda que o Alandroal pode vir a ter um futuro igual ao que Portugal anda a merecer. Ou estamos simplesmente à rasca sem saber qual é a parte do “Fundo de Resolução” que vai calhar-nos? E como geri-lo.

  Melhores saudações

   Antonio Neves Berbem

      (18/8/2014)