segunda-feira, 21 de abril de 2014

CONTRIBUTOS PARA UMA MELHOR FESTA DA SENHORA DA BOA NOVA

Ainda pensei escrever algo sobre “os Prazeres”, face aos elevados comentários, quando aqui divulguei o programa festivo: Por exemplo, demonstrar que o programa de há vinte anos atrás é idêntico nos acontecimentos a realizar aos do ano presente; recordar os milhares de contos angariados à custa de Promessas quando da Guerra do Ultramar, relembrar que nada foi feito para um melhor acolhimento e bem-estar dos visitantes e do que caracterizava a confraternização pós Procissão desfrutando da sombra das frondosas azinheiras.
Muito mais havia a dizer….no entanto achei preferível transcrever para primeira página alguns comentários excelentemente elaborados, que colocam questões pertinentes a propósito da organização da Festa da Senhora da Boa Nova.
Substituem na perfeição tudo aquilo que eu poderia escrever e sempre são lidos com a atenção que merecem

« Anónimo disse...
Se não tem dinheiro não façam, que se limite a festa à parte religiosa, porque a verdadeira festa é isso mesmo e o que se faça que seja digno.
É que isto de bailes, já foi, já não se usa, fazem da festa da BOA NOVA uma festinha de monte e aldeia que os há que fazem festas bem grandiosas.
Também se percebe que se gastarem dinheiro num programa de animação minimamente digno, depois não sobra dinheiro nenhum e isso é um problema.
Festa da Boa Nova o que já foste e no que te transformaram.
 Anónimo disse...
Esses "festeiros" que ao longo de décadas têm querido só para eles o exclusividade de fazer a Festa da Boa Nova, que mostrem agora a sua competência.
Deixem-se choro. Mostrem que são capazes. Então a sua experiência de longos anos de fartura não lhes ensinou que a seguir vêm os anos de "vacas magras"? Deviam, e podiam ter feito uma reserva... Para onde foi o dinheiro de muitos anos de saldos positivos consideráveis?
Boas Festas!
  Anónimo disse...
Acompanhei de perto o trabalho da câmara e da confraria nos últimos anos. Vir aqui dizer que o presidente Grilo não ajudou as festas de Terena é uma grande mentira e fácil de comprovar. Perguntem a quem sabe. A banda do Alandroal foi sempre paga pela câmara e a confraria recebeu os subsídios dos anos em que apresentou as contas como as outras associações. Quando não apresentou, não recebeu. Já para não falar de todos os outros apoios logísticos da câmara, autocarros para ir a Lisboa e ao Porto promover as festas na televisão, estradas, palcos, tendas, etc. etc. Digam a verdade se fazem favor.
 Anónimo disse...
Polémicas e partidarismos à parte é inegável que a Festa da Boa Nova tem vindo a perder brilho e prestígio nos últimos anos. Sou filho e neto de terenenses e lembro-me da festa desde que me conheço por gente e, por isso, é com muitas tristeza que constato a decadência dos últimos anos. Não posso deixar de concordar com os comentadores que acima referenciam a tendência recente em transformar a grande FESTA DOS PRAZERES numa festarola de aldeia, de bailes, garraiadas e concertos de artistas de qualidade popularucha que nada de novo lhe trazem e desvirtuam a verdadeira e intrínseca vertente da festa: a religiosa. Isto talvez porque as pessoas que fazem parte da Confraria, com todo o respeito que merecem e pelo trabalho que desenvolvem, encaram a mesma mais como uma vulgar comissão de festas do que uma organização de fiéis cujo objectivo é promover o secular culto à Senhora da Boa Nova. Se se pretende revitalizar os Prazeres, deve-se procurar a natureza das suas origens e não desviar a atenção com acontecimentos secundários. Deve-se valorizar a vertente Romaria da festa e procurar dar mais solenidade e dignidade aos actos litúrgicos que a compõem. Quanto ao apoio da CMA, não conheço a fundo o que tem sido praticado nos últimos anos, embora me pareça que, sendo a Festa da Senhora da Boa Nova a maior do concelho, o que é indiscutível, visto ser o Feriado Municipal e ser o acontecimento que mais gente de fora traz, esta não tem tido a valorização devida por parte do Município, basta ver o tratamento dado às Festas do Alandroal, pois não querendo entrar em velhas quezílias bairrísticas Alandroal/Terena, sempre tem tido maior destaque por parte do Município, quando a dimensão dos festejos é completamente diferente. Também me parece que no último mandato se gastou demasiado tempo e, talvez, dinheiro com o Endonvélico, ficando a Boa Nova com o tratamento de festa de aldeia. Se calhar os senhores mesários da Confraria deveriam meditar no facto de que há vinte, trinta, quarenta, cinquenta anos atrás a festa praticamente se cingia à vertente religiosa e era bem mais concorrida.
 Anónimo disse...
Se calhar os senhores mesários da Confraria deveriam meditar no facto de que há vinte, trinta, quarenta, cinquenta anos atrás a festa praticamente se cingia à vertente religiosa e era bem mais concorrida.
12 Abril, 2014 15:02
Claro que era mais concorrida mas quer o amigo comparar a realidade desses tempos para os de agora?
Também antes as missas eram um mar de gente e agora é o que se vê.
O que não se tem é escolhido bem o caminho lúdico que ajuda a romaria, as escolhas não tem qualquer critério nem publico alvo é tudo ao molho e fé em Deus.Uma romaria onde se junta gente de todas as gerações tem que ter uma animação que vá ao encontro de todos, e não só djs, ou só fado , ou só pimbas, ou só musica ou dança de raiz popular.Faz falta um pouco de tudo e que bem programado resultaria de certo, assim é que não está com nada.
Anónimo Anónimo disse...

Aos dois ultimos comentadores.
Apesar do declinio da FESTA ela ainda mantem as suas raizes. A tradição está enraizada nas pessoas e ainda as faz fibrar notando-se pela quantidade das intervenções aqui expostas. 
Ainda há muita Juventude com uma grande carga afetiva pela Boa Nova - note digo Boa Nova quando deveria dizer nossa Senhora da Boa Nova - é este sentimento respeitoso que anda na boca de todos aqueles, muito ou pouco religiosos, que vão ou não vão á missa, mas que sentem o carisma emanado da Santa, como de uma pessoa da nossa familia se tratasse. É o enraizamento de um legado histórico que nos conduz a nossa identidade e que deve ter continuidade com a Festa.
É o entusiasmo de caiar as casas, as ruas ou até de estrear um fato ou uns sapatos ou de receber um familiar, de se ver um amigo, que dá animação á festa individual ou familiar. Tudo isto são contributos para a festa.
A outra Festa, a coletiva a cargo da Confraria, - e aqui classifico-a como uma Comissão Fabriqueira bem desorganizada, incapaz de inverter o rumo da decadência da Festa - como organização esta sim carece de uma riviravolta.

- Procedimento adequado na receção aos peregrinos e visitantes.
- Narração da História do Monumento, da freguesia e do Concelho.
- Organização interna da venda dos artigos relegiosos e afins.
- Contalilidade transparente com balanceres detalhados.
- Inventário anual dos bens da Confraria e de tudo o que está a seu cargo.
- Aproveitamento da cera a favor da Confraria.
- Redução das despesas e revisões contratuais.
- Alguns eventos anuais a revelar a História do Monumento ou a ele ligados.
- Vencer a inapta surdez da questão do terreno circundante ao Monumento tendo o preceituado da publicação no D.R. 2ª série 125, de 2-6-1986, com posterior arruamento do mesmo. 

Esta é a opinião de quem, ao longo dos anos e de perto, tem observado e discutido a FESTA , mas ...... complete o senhor o resto.

Foi o senhor "neto e filho de Terenenses" que me fez vir á baila. 
Obrigado, obrigado também ao segundo comentador.
Torrigaldo
12-04-2014.

Nota - esta identificação é apenas para o Administrador do Blog, pelo que peço desculpa a todos os leitores, acrescentando se os comentários tivessem a assinatura dos seus autores, não me servia daquele pseudónimo. 
Obrigado 

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