O que lamenta não ter concretizado?
Foi um
mandato em que os grandes problemas não deixaram tempo, nem espaço, nem
recursos para fazer todas as reformas que eram necessárias, embora se tenham
feito muitas, era preciso continuar.
Conseguimos
concluir todas as obras que encontrámos em andamento apesar dos graves
problemas que lhes estavam associados e da falta de financiamento que já
referi. Contudo, lamento que não tenha sido possível concluir uma que já estava
parada há bastante tempo, a obra da biblioteca municipal.
Quando
assumimos funções já se tinha perdido o financimanto para a concluir (cerca de
500 mil euros) e já nos estavam a pedir a devolução do dinheiro que já tinha
sido investido (também cerca de 500 mil euros). Neste cenário teríamos que
arranjar um milhão de euros para acabar uma obra que se tivesse sido concluída
nos prazos (início em 2004 com um ano de execução!) teria custado à câmara
menos de 70 mil euros, que é o mesmo que dizer que nunca mais isso irá
acontecer. Aquilo por que sempre nos batemos junto das entidades competentes
foi para que se encontrasse uma solução de financiamento que permitisse
concluir e colocar ao serviço da população um investimento do Estado que já
está em parte feito. Inclusivé fizemos um levantamento exaustivo do estado da
obra e um novo caderno de encargos para a sua conclusão para que fosse mais
fácil e rápido lançar o concurso caso o financiamento surgisse. Por isso nos
recusámos sempre a assinar qualquer acordo de devolução do dinheiro e íamos
continuar a tentar arranjar forma de concluir a obra. Penso que é essa a
postura que se exige a quem defende os interesses da população.
Mas em
conclusão, por tudo o que está a acontecer, e pelo que já disse, lamento acima
de tudo que não tenho sido aprovado o Plano de Reequilíbrio + PAEL. Teríamos
completado em apenas 3 anos o ciclo de organização total das contas do
município e estaríamos hoje numa situação completamente diferente. Com muitas
exigências e com grande necessidade de rigor, é certo, mas com margem para
investir e funcionar, com margem para crescer e manter apoios. Com muito maior
margem para a esperança e para o futuro.
E com
capacidade para estarmos a cumprir todas as obrigações legais com a redução do
endividamento e os fundos disponíveis. Podiamos estar hoje a viver uma
realidade completamente diferente no Alandroal. O que só não aconteceu por
questões políticas. É importante que se perceba isso!
Questões actuais após
divulgação do B.I e Comunicado Muda
Pela leitura do v/ Comunicado, houve
na verdade um desfasamento no que toca à divida deixada pelo seu mandato e a
mencionada no Boletim Informativo, Pode-nos informar com precisão qual afinal o
montante da dívida?
Pelo que já
disse, o montante real da dívida será à volta dos 21 milhões de euros. Talvez possa chegar aos 22 milhões por causa de
todas as dificuldades que tivemos em 2013 pela não aprovação do Plano de
Reequilíbrio e dos encargos com a dívida que daí resultaram. De qualquer forma,
muito longe dos 30 milhões lançados para a rua sem fundamento.
É preciso
que se note que serem 20 ou mesmo 22 milhões já é suficientemente mau e
limitante. Não é preciso acrescentar quase 8 milhões que não existem.
Porquê
“inventar” 8 milhões? Se foi intencional, se não souberam fazer as contas, se
estavam mal informados e não fizeram as perguntas certas às pessoas certas ou
se aconteceu por outra razão qualquer, já é o que menos interessa. Cometeram
uma falha grave e deviam assumi-la com toda a humildade em vez de persistir no
erro.
Os quase 8
milhões da rúbrica
“proveitos diferidos”, que corresponde aos apoios de fundos comunitários
recebidos ao longo dos anos e ainda não convertidos em património, têm apenas
expressão contabilística. Não constituem dívida efectiva! Não se devem a
ninguém! Não têm que ser pagos a ninguém!
Mas
se nalgumas cabeças ainda persistirem dúvidas sobre o que estou a dizer, eu
deixo aqui o desafio seguinte: se é dívida, então digam a quem se devem esses 7.646.148,38
euros em concreto! Digam se é aos bancos, se é às entidades públicas ou se é a
fornecedores que se devem os 7,646 milhões dos “proveitos diferidos”!
Especifiquem! Não vão ser capazes, porque não é uma dívida real! É este o
logro!
É ou não verídico que no último dia à
frente da Câmara emitiu ordens de pagamento, sabendo que não havia saldo
disponível para cumprir os pagamentos?
Como essa
questão tem estado a ser colocada demonstra um total desconhecimento do
funcionamento básico de uma câmara e até parece que eu estava a mandar fazer
pagamentos sem ter dinheiro para eles, o que atenta contra a verdade e a
postura que sempre tive à frente da câmara. É uma acusação que não só não faz
sentido nenhum como também seria impossível de concretizar, ainda que por
absurdo se tentasse fazer.
Isto
porque, como é sabido, qualquer pagamento numa câmara municipal depende sempre
de duas assinaturas, normalmente do presidente e do tesoureiro, assim como da
verificação prévia da existência de saldo bancário para a concretização da
operação. Tenho a certeza que nem eu, enquanto presidente, nem os técnicos da
câmara no papel de tesoureiros alguma vez incorremos em práticas que não
respeitassem estes pressupostos em todo o mandato e não seria no último dia que
o íamos fazer.
Ter ordens
de pagamento prontas para avançar caso haja disponibilidade financeira para
fazer o pagamento é uma coisa e fazer o pagamento é outra coisa bem diferente.
Nunca em quatro anos se fez uma pagamento na Câmara Muncipal do Alandroal sem
que a Tesouraria tivesse condições para o fazer.
Prossegue amanhã
7 comentários:
Boas tardes,
Não irei "chover mais no molhado" até porque já foi tudo mais que dito e está tudo mais que sabido. O povo do Alandroal não é burro! Assim o querem fazer, mas não é!
Fui apoiante do MUDA porque vi acontecer quase que 1 fenómeno em 2009, aquando das autárquicas. João Grilo, conhecido por poucos no concelho, destronou à primeira o então presidente João Nabais que se julgava de pedra e cal no comando do conselho. Tal facto levou-me a pensar que João Grilo seria uma pessoa capaz! Hábil e ardiloso para resolver os problemas do conselho. Como estava redondamente enganado... Conseguiu destronar o Nabais apenas pelos seus truques. E pior, por usar a ignorância aparente deste povo que merecia mais respeito! podemos não ser todos doutores mas somos gente!
Aconselho vivamente o Sr Grilo a calar-se duma vez por todos porque quanto mais anda nestas entrevistas e jornais menos duvidas restam às pessoas!
Incomoda não é? Pensavam que era só por cá fora uns comunicados que o Grilo e o MUDA passavam à história e já nem era preciso agradecer os votos. Aqui têm as respostas. Pela minha parte agradeço estes esclarecimentos e todos os que forem precisos para manter o povo informado. Quem não deve não teme. Força professor Grilo!
Só dizes uma verdade. O povo não é burro. Incomoda não é? Pensavam que era só por cá fora uns comunicados que o Grilo e o MUDA passavam à história e já nem era preciso agradecer os votos. Aqui têm as respostas. Pela minha parte agradeço estes esclarecimentos e todos os que forem precisos para manter o povo informado. Quem não deve não teme. Força professor Grilo!
força muda !!!!!!!
força grilo. já falta pouco.
Pois é acontece que com estes comunicados MUDA só serve para mostrar que é verdade tudo aquilo que a CDU diz e afinal o Grilo tão depressa diz que a divida era uma como de repente já passa a ser outra....enfim nós sabemos que o sr. tem um problema com os zeros......
"força muda !!!!!!!
força grilo. já falta pouco."
Para a extinção!!!!!!!
Nunca em quatro anos se fez uma pagamento na Câmara Muncipal do Alandroal sem que a Tesouraria tivesse condições para o fazer.
Só que o dinheiro era para se fazerem certos tipos de pagamentos, e era desviado para espectáculos, avenças desnecessárias etc, para quem o Sr.queria e achava que sim, e os interesses do Município que fossem à fava.
Por isso duplicou em 4 anos a divida do mesmo com coisas secundárias,projectos que só serviram para engordar a carteira de quem os fez, avenças milionárias para estudos de Endovelicos e coisas assim, obra zero.
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