FONTE DA PRAÇA
Brota
água noite e dia
Num borbulhar com tal graça...
Que faz vibrar de alegria
A minha velhinha Praça!
Seis bicas o nome lhe dão
Que jorram naquela fonte
Água que tem condão:
Refrescar quem vem do monte.
Tem irmãs nos arredores
Cercadas de rosmaninho
Estevas e outros odores
Mesmo à beira do caminho.
Ao lado fica o" Cidral"
Que tem fama, com razão
No seio do Alandroal
Filhas tem, como o "Botão".
Sumo valor todas elas
Têm p´ra vila mas, graça
E uma beleza daquelas...
Só tem a Fonte da Praça!
Ausenda Ribeiro
Num borbulhar com tal graça...
Que faz vibrar de alegria
A minha velhinha Praça!
Seis bicas o nome lhe dão
Que jorram naquela fonte
Água que tem condão:
Refrescar quem vem do monte.
Tem irmãs nos arredores
Cercadas de rosmaninho
Estevas e outros odores
Mesmo à beira do caminho.
Ao lado fica o" Cidral"
Que tem fama, com razão
No seio do Alandroal
Filhas tem, como o "Botão".
Sumo valor todas elas
Têm p´ra vila mas, graça
E uma beleza daquelas...
Só tem a Fonte da Praça!
Ausenda Ribeiro
POR
AMOR CEDEU AMOR
Por amor se
transformou
Por amor mudou de
cor
Por amor a
saboreou
Por amor cedeu
amor
A doce amora
silvestre
Três mudanças faz
na vida
Verde, depois de
florida
No seu habitat
terrestre
Vermelha, sempre
campestre
Ela que ninguém
plantou
E que o sol
amadurou
Um dia sentiu-se
amada
Perdida e
apaixonada
Por amor se
transformou.
No seio da silva
mãe,
Sugando o leite
matermo
Sempre num afago
terno
Com ela aprendeu,
também
Que amando como
ninguém
Se pode mostrar
valor
Fazendo esquecer a
dor
De quem sofre uma
paixão
Dando-se de
coração,
Por amor mudou de
cor.
Caminhando um duo
amante
Segue, ao longo do
silvado
Passo certo,
enamorado
A amora num
instante,
Fixa o par e
delirante,
Sentiu que a hora
chegou
Murmurando, se
entregou
Ao duo que, de
desejo
Num sôfrego e
quente beijo
Por amor a
saboreou.
A silva sentiu
vaidade
Pela filha que
gerou
E mais uma que
ficou
P'ra sua
felicidade
E que amava, na
verdade.
Feliz, olhou em
redor
Viu que seco de
calor
Ardia seu galho
amado
Deu-lhe a filha e,
de bom grado,
Por amor, cedeu
amor.
Ausenda Ribeiro
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