Poeta que em comentários aqui colocados dá azo à sua veia de Poeta consagrado.
A propósito da
discordância sobre a figura de Mário Soares, entre mim e o A.N.B. numa postagem
a que dei o nome de “O que é demais cheira mal”
A política é uma porca.
O Xico Manel e o Berbém
Depois do Xico arengar…
Acordaramem discordar
E discordaram tão bem!
O Xico mostra com desdém,
Todos os podres do Mário!
O Berbém faz o contrário;
Coloca-o lá nas alturas!...
E eu não falo de tais figuras,
Mas isso sou eu, que sou otário…
Bordalo Pinheiro escreveu:
“Política: a Grande Porca”!
E o poeta Garcia Lorca
Por combatê-la, morreu.
E agora pergunto eu:
Será que valeu a pena
Vocês trazerem à cena
Essa conversa falida?...
É perder tempo na vida,
E a vida, é tão pequena…
Versos Dispersos
O Xico Manel e o Berbém
Depois do Xico arengar…
Acordaram
E
O Xico mostra com desdém,
Todos os podres do Mário!
O Berbém faz o contrário;
Coloca-o lá nas alturas!...
E eu não falo de tais figuras,
Mas isso sou eu, que sou otário…
Bordalo Pinheiro escreveu:
“Política: a Grande Porca”!
E o poeta Garcia Lorca
Por combatê-la, morreu.
E agora pergunto eu:
Será que valeu a pena
Vocês trazerem à cena
Essa conversa falida?...
É perder tempo na vida,
E a vida, é tão pequena…
Versos Dispersos
A
propósito de uma postagem sobre viabilidade do novo executivo cumprir a Agenda
21 Local
Presidente Mariana…
A esta ideia não resista:
Ela é tão progressista
Que até a barraca abana!
A gente não a engana,
Guarde lá os seus projetos.
Tem lá outros mais concretos
E dos seus nada é urgente.
Guarde-os lá mais p’ra frente,
Lá pró tempo dos seus netos!
Seja revolucionária!
E mostre-nos ser capaz.
Uma Presidente audaz
Como não há nessa área!
Isto não é ser visionária…
É ser muito competente.
É ser mais inteligente,
E é ter “engenho e arte”
Pôr suas promessas de parte
E cumprir as do ex Presidente!
Versos Dispersos
LUÍS DE MATOS
JOSÉ CHILRA
Naquela altura
Já eu ouvia a valsa da meia noite
Embrulhado no teu corpo
Quando me falaram no “Último tango em Paris”.
Mas eu contentei-meem contemplar
A Torre Eiffel ao som dos pássaros
E deslumbrado com as cores dos Champes Elysées.
Ficou ainda a tentação
De ir ao Moulin Rouge
Que passou com dois dedos de conversa
E um ombro amigo num banco de jardim.
Lá em baixo no Sena
Vi reflexos de um céu de mil cores
E na cidade luzes infinitas,
Regressei a cantar fascinado
“Et si tu n’existais pas”.
Vítor Pisco
28/12/2013
A esta ideia não resista:
Ela é tão progressista
Que até a barraca abana!
A gente não a engana,
Guarde lá os seus projetos.
Tem lá outros mais concretos
E dos seus nada é urgente.
Guarde-os lá mais p’ra frente,
Lá pró tempo dos seus netos!
Seja revolucionária!
E mostre-nos ser capaz.
Uma Presidente audaz
Como não há nessa área!
Isto não é ser visionária…
É ser muito competente.
É ser mais inteligente,
E é ter “engenho e arte”
Pôr suas promessas de parte
E cumprir as do ex Presidente!
Versos Dispersos
LUÍS DE MATOS
MOINHOS SEM VIDA
Os moinhos do Lucefécit
Ao todo eram dezasseis
Moíam trigo para o pão
Em tempos que já lá vão
O pobre do moleiro
Trabalhando noite e dia
Para tirar sua maquia
Com sua arte o trigo moía
Moinhos estãoem ruínas
Outros estão inundados
Deixaram de ter vida
Só o da Volta foi recuperado
Certo dia comecei a cismar
Como a vida no moinho seria
Nem o trigo me dizia
Nem a pedra me respondia
O moinho deixou de ter vida
A água deixou de passar
A pedra pôs-se a chorar
Por não poder trabalhar
Terena, 4/01/2014 - Luís de Matos
Ao todo eram dezasseis
Moíam trigo para o pão
Em tempos que já lá vão
O pobre do moleiro
Trabalhando noite e dia
Para tirar sua maquia
Com sua arte o trigo moía
Moinhos estão
Outros
Deixaram de ter vida
Só o da Volta foi recuperado
Certo dia comecei a cismar
Como a vida no moinho seria
Nem o trigo me dizia
Nem a pedra me respondia
O moinho deixou de ter vida
A água deixou de passar
A pedra pôs-se a chorar
Por não poder trabalhar
Terena, 4/01/2014 - Luís de Matos
JOSÉ CHILRA
RETRATO URBANO
I
Nasci à luz do candeeiro
Numa casinha singela
Construída por um mineiro
Porventura à luz da vela.
II
Feita de pedra lascada
Com paredes de caliço
Tinha a porta de entrada
Com um ferrolho castiço
.
III
Todo o chão era de laje
A telha era de canudo
O telhado tinha passagem
P`ra osgas, ratos e tudo.
IV
Só tinha duas divisões
Para toda a minha família
Dadas as suas limitações
Não cabia uma mobília
V
Era uma casa alugada
Por trinta escudos mensais
Com direito na chapada
A dois pequenos quintais.
VI
Não tinha saneamento
Tal com toda a rua
A vida agreste desse tempo
Ninguém a queria por sua.
VII
A casa cheirava a cal
E ali junto da lareira
Tinha um metro de poial
Para meter a cantareira.
VIII
A minha casa da aldeia
Posso dizer, felizmente
De amor, estava sempre cheia
Cabia lá toda a gente.
José Chilra
Numa casinha singela
Construída por um mineiro
Porventura à luz da vela.
II
Feita de pedra lascada
Com paredes de caliço
Tinha a porta de entrada
Com um ferrolho castiço
.
III
Todo o chão era de laje
A telha era de canudo
O telhado tinha passagem
P`ra osgas, ratos e tudo.
IV
Só tinha duas divisões
Para toda a minha família
Dadas as suas limitações
Não cabia uma mobília
V
Era uma casa alugada
Por trinta escudos mensais
Com direito na chapada
A dois pequenos quintais.
VI
Não tinha saneamento
Tal com toda a rua
A vida agreste desse tempo
Ninguém a queria por sua.
VII
A casa cheirava a cal
E ali junto da lareira
Tinha um metro de poial
Para meter a cantareira.
VIII
A minha casa da aldeia
Posso dizer, felizmente
De amor, estava sempre cheia
Cabia lá toda a gente.
José Chilra
Regressei a cantar fascinado
Naquela altura
Já eu ouvia a valsa da meia noite
Embrulhado no teu corpo
Quando me falaram no “Último tango em Paris”.
Mas eu contentei-me
A Torre
E deslumbrado com as cores dos Champes Elysées.
Ficou ainda a tentação
De ir ao Moulin Rouge
Que passou com dois dedos de conversa
E um ombro amigo num banco de jardim.
Lá em baixo no Sena
Vi reflexos de um céu de mil cores
E na cidade luzes infinitas,
Regressei a cantar fascinado
“Et si tu n’existais pas”.
Vítor Pisco
28/12/2013
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