Quarta, 08 Janeiro 2014 11:52
1 –
Esta semana está naturalmente marcada pelo desaparecimento
de Eusébio.
O país e o mundo renderam-se em homenagens e lágrimas ao
Homem e ao desportista que imortalizou um estilo e averbou vitórias para o seu
clube de sempre e para Portugal, engrandecendo as suas gentes e elevando bem
alto o nome do país.
Portugal e o mundo homenagearam também na morte e luto de Eusébio todos
os portugueses e portuguesas que como ele souberam ser maiores, para além dos
momentos da glória efémera e por isso perduram muito para além do seu
desaparecimento físico nesta existência terrena que é a vida.
Resta agora esperar que o país político, leia-se a
Assembleia da República, saiba também cumprir com o seu papel, propondo a
trasladação, a devido tempo, dos restos mortais de Eusébio para o Panteão
Nacional, porque um país e um povo têm o dever de honrar a história e memória
dos seus heróis e este é o caso.
2 –
Passado por esta tragédia nacional para um segundo plano,
o país reflecte, ainda, a mensagem de ano novo de Cavaco Silva onde faltaram
referências a uma europa agora mais preocupada com os resultados do programa de
ajustamento em Portugal.
Vem esta nota a propósito da europa a que pertencemos
parecer ter agora despertado para os factos menos bons do programa de
ajustamento que o país vem assumindo desde a sua falência em 2011, e à visita
de parlamentares europeus, incluindo 5 portugueses, que supostamente vieram
“avaliar” o impacto das medidas da troika.
É caso para dizer que chegaram tarde e a más horas e
apenas se juntaram ao inúmero coro de fazedores de milagres que por cá temos
sem nunca se perceber muito bem o que fariam de diferente, se fossem eles
governo.
Fica claro que esta visita já se faz numa onda de
proximidade de eleições europeias e se de facto a Europa não tem sabido cuidar
dos seus é também facto relevante que devemos assumir um protagonismo de
intervenção europeia mais activo e exigente.
Quanto aos protagonistas, acredito que o PSD repetirá a
bejense Professora Maria da Graça Carvalho, que recebeu o prémio melhor
deputado ao Parlamento Europeu, em 2011.
No PS, Zorrinho na direcção do laboratório de ideias e na
coordenação do programa do partido para 2015, pode ver cair por terra o sonho
que já Guterres adiara em 1999 e, afastado que estará desta corrida António
Serrano, pode repetir Capoulas Santos o lugar elegível que o torna hoje um dos
mais conhecidos eurodeputados portugueses com trabalho e resultados visíveis
nos temas da PAC.
No PCP, com João Oliveira na liderança da bancada
parlamentar e Pinto de Sá na presidência da Câmara de Évora, tudo aponta para
que o representante Alentejano nas listas possa sair das estruturas do Baixo
Alentejo ou do Litoral Alentejano, ainda que em lugar não elegível.
Aguardemos pois, com expectativa, quais os actores
políticos da região que integram as listas, por acreditar deles ser também o
dever de lutar por um Alentejo mais desenvolvido economicamente, socialmente
mais justo e capacitado para o esforço épico de (quase) refundar o país.
Continuação de Boa Semana
Silvino Barata Alhinho
Évora, 8 Janeiro de 2014
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