Segunda, 06 Janeiro 2014 10:27
Entrámos num novo ano. Infelizmente não parecem haver
muitos motivos para optimismo. Sabemos que a política da direita continuará,
qual rolo compressor, a atacar o estado social e aqueles que trabalham ou
trabalharam toda a sua vida.
Aproveitam um estado de dormência colectiva de todo um povo que apenas
se vai levantando a espaços e em grupos específicos. A luta dos estaleiros de
Viana, dos professores, dos enfermeiros, dos precários, dos desempregados, dos
pensionistas é no fundo uma mesma luta contra uma política que asfixia quem
trabalha, trabalhou ou quer trabalhar e que beneficia descaradamente os grandes
grupos económicos.
É urgente uma maior solidariedade e fraternidade. Essa
capacidade de saber defender-nos através da defesa daqueles que nos rodeiam.
Não tenhamos dúvidas, eles só abrandarão quando nos sentirem unidos, e até
agora temos deixado muito a desejar nesse campo. É tempo de deixar de olhar
para o umbigo e pensar naqueles que estão à nossa volta. Dizem que as lutas que
temos assistido não levam a lado nenhum… Não levam porque não são a luta de
todo um povo. Quando assim for muita coisa será diferente…
Cavaco Silva no seu discurso de Ano Novo sintetizou muito
daquilo que é o pensar dos que nos governam. Diz que o Governo tem toda a
legitimidade porque surgiu após voto do povo. Ou seja, estão legitimados para
fazer tudo, para atacar todos os portugueses, para desrespeitar a Constituição,
para destruir a economia de todo um país. É assim que veem a democracia: o
depósito de uma cruz num quadrado para cumprir agendas escondidas aos portugueses
antes das eleições.
Cavaco não surpreendeu… Mais do mesmo… Qual capataz do
Governo, a vislumbrar aspectos positivos onde mais ninguém vê e a anunciar em
primeira mão, em nome do Governo, a ideia de haver um Programa Cautelar após o
final deste programa de resgate. Nenhuma novidade: a receita é a mesma. E nós?
Neste novo ano que fazemos? Devo dizer que na passagem de ano apenas formulei
um desejo: que todos tomemos o destino pelas nossas próprias mãos.
Até para a semana.
Sem comentários:
Enviar um comentário