Segunda, 07 Outubro 2013 11:01
Reinicio hoje as minhas crónicas na DianaFm após prolongada
pausa. Nesta, muitos acontecimentos locais e nacionais tiveram lugar.
A nível local, de realçar a realização de eleições
autárquicas. Em Évora, os eleitores decidiram e deram maioria absoluta à CDU no
executivo municipal. Não quero deixar de, publicamente, apresentar as minhas
felicitações à CDU assim como desejar votos de bom trabalho ao novo executivo.
Foi tão clara a vitória da CDU, como a derrota do PS. Aliás, apenas dois
partidos tiveram um aumento num número de votos: CDU e Bloco de Esquerda, o que
não deixa de ser um sinal claro de como os eborenses consideraram urgente uma
viragem à esquerda nas políticas locais.
Quanto ao resultado do Bloco de Esquerda em Évora, este
deve ser analisado em dois domínios diferentes: a forma como decorreu a campanha
e os resultados em si.
De realçar que o Bloco teve este ano um número recorde de
candidatos, na sua grande maioria sem filiação partidária, o que o fortaleceu e
demonstrou inequivocamente o seu espírito de abertura democrática. Foi
apresentado um programa eleitoral forte, com propostas concretas para o
Concelho de Évora. Um programa muito bem acolhido na rua, e nunca na história
em Évora, se ouviram tantas pessoas a não só concordar, mas também a demonstrar
uma clara tendência para votar Bloco de Esquerda. Ainda assim, o apelo do voto
útil teve um peso significativo, para uma grande maioria dos eleitores, na hora
do voto, pelo que apesar do aumento no número de votos e de mandatos para os
diversos órgãos autárquicos, o resultado acabou por ficar aquém dos objetivos.
Tenho a clara convicção que a presença do Bloco de
Esquerda nos órgãos autárquicos em Évora, é uma mais-valia e a única hipótese
de haver uma ampla convergência de esquerda ao nível da política local.
Na Assembleia Municipal não
existe maioria absoluta de uma só força partidária. Julgo ser positivo, pois é
o garante da existência de negociação, de debate e confronto de ideias que
podem gerar propostas mais consensuais e enriquecidas, o que só pode favorecer
a população. O Bloco de Esquerda cá estará, aberto para negociar, mas com a
certeza que o único acordo
assumido é com os eleitores
Não posso terminar sem, antes, apresentar os meus sentidos
pêsames à família de Celino da Silva, assim como à Organização Regional de
Évora do PCP. Partilhei com o Celino o espaço da Assembleia Municipal de Évora,
muitas vezes em concordância, outras em desacordo, mas sempre de forma
respeituosa. A esquerda em Évora perde com a sua ausência.
Até para a semana!
Bruno Martins
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