PAPUÇAS & CARAPUÇAS - Rubrica de A.N.B.

I.        CURVAS  a  Direito

Em fim de festa e balanço desta campanha eleitoral de 2013, é com uma boa dose “de realismo possível” que vamos resumir alguns dados e problemas que nos tocam e vão continuar a envolver-nos localmente. Depois de revistas e apreciadas as propostas eleitorais mais conhecidas.

Assim seja dito, em síntese, que o Alandroal tem um problema financeiro grave cujos mentores e principal arguido são conhecidos. Assim como sofre de uma carência de desenvolvimento económico e de desemprego. Tem a desertificação à perna e vai estrebuchar face ao problema da viabilidade e rumos do seu Município.

Portanto, o Alandroal, tem problemas sérios com implicações politicas precisando  (na nossa opinião) de actores políticos jovens sem o peso de vícios perigosos e sem correr o risco de ver aumentar os confrontos pessoais dispensáveis.

O Alandroal continua a ser uma terra que não está livre de certos medos, de alguns papuças e de certas clientelas, ditas independentes, prontas a recapturar para si o poder politico pessoal sem limites e sem um controlo eficaz. Como se viu com grande estrilho nas televisões e nos jornais há uns meses. 

Como é também evidente, o Alandroal, nunca esperou ao longo da sua História, nem deve esperar agora qualquer grande novidade vinda da Direita local, demasiado refém e seguidora da voz dos donos de Lisboa; e/ou da desorientação neoliberal e desgoverno de facção do PSD. As pessoas estão cansadas e pelos arames. A descrença é geral e muito fatigante socialmente.

Assim sendo, vamos lembrar que o cerne da disputa eleitoral, deve centrar-se entre os dois partidos de esquerda locais que têm de encetar um caminho politico rejuvenescido embora se esteja a assistir à tentação de alimentar um clima anti partidos como aconteceu durante o salazarismo unipartidário.

Não embarcamos nessa e diria que o que se torna necessário é abri-los à vida civil e não derivar para novos corporativismos antidemocráticos, aceitando a responsabilidade de que, onde há um governo das coisas tem de haver lugar a uma oposição das pessoas.

A CDU, ainda assim,  projectando a reconquista do poder através do seu nicho tactico de mercado eleitoral sob pressão/protesto contínuo. As águas onde nada melhor.

O Partido Socialista, viabilizando uma Câmara aberta, proactiva e liberta contra  o desânimo  que se instalou entre nós e na sociedade portuguesa que não merece tanta falta de estratégia com sentido de presente e de futuro conforme vem alertando o CES (Conselho Económico e Social). Isto enquanto país livre e enquanto Autarquia antiga deste Sul empobrecido e marginalizado.

Quanto ao Bloco de Esquerda, a sua estreia eleitoral no Concelho, pode proporcionar-lhe um relativo sucesso entre a juventude. Democraticamente, antes assim, até porque tem, o que eu considero, uma líder Catarina Martins bastante talentosa no discurso e na pratica politica à semelhança, aliás, do seu anterior líder.

II.      A  DIREITO nas Curvas

Temos, por conseguinte, como possível, um novo cenário politico local com uma base de apoio social renovada e uma geração de jovens capacitados e capazes de protagonizarem mudanças incontornáveis que, certamente, não vão deixar abafar e enredar o Concelho em duelos pessoais constantes e rivalidades figadais permanentes.

Certos favores pessoais, os carreirismos, contratos, negócios, ajustes, festas a mais e empregos a menos devem ser eliminados da governação local. Assim como as nuvens negras de Inverno que estão para vir, resultantes dos processos judiciais, devem ser postas fora desta votação municipal. Enquanto é tempo.

Claro que o eleitorado local reconhece isto pelo que a sua decisão será soberana na escolha de quem vai governar o Concelho. Parece-me que terão êxito os autarcas que aliarem a verdade à noção da responsabilidade publica, gerando o apoio confiante e livre da maioria de pessoas que vão servir. E não servir-se!

Dito de um modo directo: a politica não pode ser o acto de bajular e abusar da confiança e das necessidades de quem precisa de viver ou está a passar cada vez pior e  encostado à parede .

Já não basta “a cigueira e a pressa” de chegar ao poder dos que se consideram superiores e insubstituíveis. Destes, está o cemitério há muito cheio. À espera que sejam rapidamente encaminhados os que ainda sobrarem .      

       Votai!  Não vos deixeis cair na abstenção.

Em liberdade, acrescento que assumi aqui somente o direito ao uso da Cidadania.

 Em  25/9/2013

  António Neves Berbem

  

 Uma última Observação com cinco linhas: - para quem perguntou, no Al tejo, em 19/9, às 16.06, “o que pretendo?” vou argumentar cordialmente assim: I. Viver a vida; II. Trabalhar; III. Desfrutar os seus Momentos especiais; IV. Exercer a Cidadania que a política nacional e local exige e consente em permanência. Subsidiariamente consultar o Al tejo! Como é obvio, estas 4 opções podem ser alteradas por motivos sacrificiais e de vida imprevisíveis. Melhores cumprimentos.