I.
Como as coisas estão cada vez mais interdependentes e,
já falámos aqui, no Al tejo, de Plantas, vamos hoje abordar o ponto da Floresta
concelhia. Ainda a tempo de deixar claro
que a escolhemos como tópico programático desta campanha eleitoral e como “uma
imagem de marca” local importante aos olhos de qualquer Papuça interessado e
Voador.
Comecemos pelos sobreiros (essas três arvores
possuídas e minhas bem-amadas) , as azinheiras e as oliveiras (abispo cerca de 300, a venda de azeite vale
ao país 225 milhões de euros anuais). São reconhecidamente as principais
responsáveis pela biodiversidade da fauna e da flora deste vasto Concelho e uma
das nossas principais fontes de riqueza e bem estar ambiental. A par da vinha,
a outra cultura essencial do Alentejo.
Ora o que, continua a ser e a parecer-nos um tanto
estranho, é que a Autarquia ainda não se tenha empenhado com competência em
potenciar e em apoiar decididamente a instalação de uma unidade industrial
ligada ao sector e à fileira da cortiça, de modo a gerar riqueza e a assegurar,
a prazo, factores modernos de
desenvolvimento económico local.
A autarquia terá assim tantas dificuldades em estar
atenta às oportunidades de investimento, no âmbito nacional e alcance
europeu, mudando alguma coisa no
posicionamento atractivo do Concelho perante os Investidores? Há aqui
possibilidades de uma nova postura confiante e proactiva sem ter que andar
sempre a correr atrás do prejuízo e do futuro?
II.
Ainda os
Orçamentos Participativos
Quando falamos nisto dos Orçamentos Participativos,
aplicáveis ao Alandroal, imaginamos logo que as ideias e os novos projectos
teriam de ir a votos, anualmente, entre a população, para se apurar quais
aqueles que os alandroalenses desejam e gostariam de escolher e ver sair do
papel.
Como estamos a tratar da 1ª Edição dos OP, uma
iniciativa do novo Executivo camarário, vamos dizer abreviadamente que as
propostas aceites através de “E-mail ou do Facebook” estariam abertas à iniciativa de qualquer pessoa, seja ou não
habitante daqui. Podiam até internacionalizar-se os Objectivos participativos,
de modo a projectar-nos em termos
próximos do sul de Espanha e europeus.
De modo sucinto, e para abrir o apetite, vamos lá
exemplificar com algumas ideias práticas o que qualquer um de nós, já teve ou
pode ter em mente nesta terra singular e
sedutora.
IMAGINEM.
- Que o
Alandroal era desta vez que instalava um Elevador panorâmico na Torre do
Relógio;
- Que se tornava, em definitivo, uma das Vilas mais
brancas, limpa e arquitectonicamente bem iluminada do Alentejo; e/ou que
arrancava para a recuperação da sua bela rede de Chafarizes antigos sendo este
projecto realizável, digamos, num prazo razoável de 3 anos;
- que eram postas à disposição dos turistas que nos
visitassem casas de habitação alentejanas, caiadas e de forma temporária;
- que era criado (um tanto à aventura, reconhecemo-lo)
um local resguardado e arborizado na Vila para bater umas sestas sem ser
incomodado; e que o Jardim das Meninas se apresentava com obras de arte de
artesãos locais; ou que o mamarracho que lá esta implodia e que o desamparado
“proto-pelourinho” era enterrado de vez;
- que a Toponímia Local era revista e actualizada
através de um novo Roteiro explicativo e comparativo com os nomes antigos ou mais
recentes;
- imaginem que era instalada UMA CICLOVIA concelhia
incorporando no Alqueva, bicicletas, patins e trotinetas;
Por fim, imaginem lá, como seria interessante que até
houvesse uma Lista de Espera de projectos em carteira, de não difícil execução,
baratos e fruto da colaboração de gente de fora e de cá. Aceites pela Autarquia
e susceptíveis de darem uma nova Imagem e dinâmica à terra?
É assim tão difícil “transportar para o Alandroal “os Orçamentos Participativos” que já andam
tendo tanto sucesso, por outras vilas e cidades deste país (Lisboa/Óbidos),
dispensando, aliás, uma excessiva conotação e apropriação meramente
partidária?
Todavia sempre com a adesão crescente dos cidadãos que
gostam de colaborar e das escolas locais que costumam participar com entusiasmo
neste tipo de iniciativas.
OBS. Não
posso deixar de fazer este comentário sobre as eleições alemãs, creio eu que
atempadamente.
Ora bem.
Angela Merkl deu um baile eleitoral mas, estando
próxima da maioria absoluta, o engraçado, é que agora quanto mais diz que vai
partilhar politicamente o poder, mais poder efectivamente virá a ter. Chama-se
a isto saber orientar um país e ter um projecto estratégico que já ultrapassou,
interna e externamente, os horizontes da limitada União Europeia. Atenção, a
alternativa da Alemanha é já outra. Está lá. Desta vez: Feminina, sagaz e
poderosa. Portugal a sul que se precate.
.
Em 23/9/2013
António Neves
Berbem
4 comentários:
Essa da cortiça é uma boa ideia
Oh Sr. Comentador
LEU e reparou que o enterro urgente do pelourinho no Arquiz também é uma boa ideia?!
MCFSB
Oh Sr.ª Comentadora das das 14:31,
entendi-a..., perfeitamente...
Forasteiro
E não seria mesmo uma boa idéia?
O que é que aquilo tem a ver com um pelourinho?
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