segunda-feira, 23 de setembro de 2013

PAPUÇAS & CARAPUÇAS - Rubrica de A,N,B,

I.
Como as coisas estão cada vez mais interdependentes e, já falámos aqui, no Al tejo, de Plantas, vamos hoje abordar o ponto da Floresta concelhia. Ainda a tempo de deixar  claro que a escolhemos como tópico programático desta campanha eleitoral e como “uma imagem de marca” local importante aos olhos de qualquer Papuça interessado e Voador.
Comecemos pelos sobreiros (essas três arvores possuídas e minhas bem-amadas) , as azinheiras e as oliveiras (abispo cerca de 300, a venda de azeite vale ao país 225 milhões de euros anuais). São reconhecidamente as principais responsáveis pela biodiversidade da fauna e da flora deste vasto Concelho e uma das nossas principais fontes de riqueza e bem estar ambiental. A par da vinha, a outra cultura essencial do Alentejo.
Ora o que, continua a ser e a parecer-nos um tanto estranho, é que a Autarquia ainda não se tenha empenhado com competência em potenciar e em apoiar decididamente a instalação de uma unidade industrial ligada ao sector e à fileira da cortiça, de modo a gerar riqueza e a assegurar, a prazo,  factores modernos de desenvolvimento económico local.
A autarquia terá assim tantas dificuldades em estar atenta às oportunidades de investimento, no âmbito nacional e alcance europeu,  mudando alguma coisa no posicionamento atractivo do Concelho perante os Investidores? Há aqui possibilidades de uma nova postura confiante e proactiva sem ter que andar sempre a correr atrás do prejuízo e do futuro?
II.
 Ainda os Orçamentos Participativos
Quando falamos nisto dos Orçamentos Participativos, aplicáveis ao Alandroal, imaginamos logo que as ideias e os novos projectos teriam de ir a votos, anualmente, entre a população, para se apurar quais aqueles que os alandroalenses desejam e gostariam de escolher e ver sair do papel.
Como estamos a tratar da 1ª Edição dos OP, uma iniciativa do novo Executivo camarário, vamos dizer abreviadamente que as propostas aceites através de “E-mail ou do Facebook” estariam abertas  à iniciativa de qualquer pessoa, seja ou não habitante daqui. Podiam até internacionalizar-se os Objectivos participativos, de modo a  projectar-nos em termos próximos do sul de Espanha e europeus.
De modo sucinto, e para abrir o apetite, vamos lá exemplificar com algumas ideias práticas o que qualquer um de nós, já teve ou pode  ter em mente nesta terra singular e sedutora.
IMAGINEM.
 - Que o Alandroal era desta vez que instalava um Elevador panorâmico na Torre do Relógio;
- Que se tornava, em definitivo, uma das Vilas mais brancas, limpa e arquitectonicamente bem iluminada do Alentejo; e/ou que arrancava para a recuperação da sua bela rede de Chafarizes antigos sendo este projecto realizável, digamos, num prazo razoável de 3 anos;
- que eram postas à disposição dos turistas que nos visitassem casas de habitação alentejanas, caiadas e  de forma temporária;
- que era criado (um tanto à aventura, reconhecemo-lo) um local resguardado e arborizado na Vila para bater umas sestas sem ser incomodado; e que o Jardim das Meninas se apresentava com obras de arte de artesãos locais; ou que o mamarracho que lá esta implodia e que o desamparado “proto-pelourinho” era enterrado de vez;
- que a Toponímia Local era revista e actualizada através de um novo Roteiro explicativo e comparativo com os nomes antigos ou mais recentes;
- imaginem que era instalada UMA CICLOVIA concelhia incorporando no Alqueva, bicicletas, patins e trotinetas;
Por fim, imaginem lá, como seria interessante que até houvesse uma Lista de Espera de projectos em carteira, de não difícil execução, baratos e fruto da colaboração de gente de fora e de cá. Aceites pela Autarquia e susceptíveis de darem uma nova Imagem e dinâmica à terra?
É assim tão difícil “transportar para o Alandroal   “os Orçamentos Participativos” que já andam tendo tanto sucesso, por outras vilas e cidades deste país (Lisboa/Óbidos), dispensando, aliás, uma excessiva conotação e apropriação meramente partidária? 
Todavia sempre com a adesão crescente dos cidadãos que gostam de colaborar e das escolas locais que costumam participar com entusiasmo neste tipo de iniciativas.
     OBS. Não posso deixar de fazer este comentário sobre as eleições alemãs, creio eu que atempadamente.
Ora bem.
Angela Merkl deu um baile eleitoral mas, estando próxima da maioria absoluta, o engraçado, é que agora quanto mais diz que vai partilhar politicamente o poder, mais poder efectivamente virá a ter. Chama-se a isto saber orientar um país e ter um projecto estratégico que já ultrapassou, interna e externamente, os horizontes da limitada União Europeia. Atenção, a alternativa da Alemanha é já outra. Está lá. Desta vez: Feminina, sagaz e poderosa. Portugal a sul que se precate.
.
Em 23/9/2013
  António Neves Berbem 

4 comentários:

Anónimo disse...

Essa da cortiça é uma boa ideia

Anónimo disse...


Oh Sr. Comentador


LEU e reparou que o enterro urgente do pelourinho no Arquiz também é uma boa ideia?!


MCFSB

Anónimo disse...


Oh Sr.ª Comentadora das das 14:31,
entendi-a..., perfeitamente...

Forasteiro

Anónimo disse...

E não seria mesmo uma boa idéia?
O que é que aquilo tem a ver com um pelourinho?